"A direção do Sintraturb e a categoria dos trabalhadores em transporte coletivo vem a público informar e contestar informações divulgadas pela imprensa sobre a greve iniciada à zero hora desta segunda-feira, 10 de junho.
1. Os trabalhadores do transporte coletivo não defendem, sob nenhuma hipótese, o aumento nas tarifas de ônibus. A tentativa do prefeito César Souza Jr. de vincular o atendimento das reivindicações da categoria ao aumento tarifário é uma velha tática para jogar a população de Florianópolis contra os trabalhadores do transporte.
2. A Medida Provisória 617, sancionada pelo Governo Federal, isenta as empresas de transporte coletivo dos impostos PIS e Cofins, gerando, segundo os números das próprias empresas, economia de 6 milhões anuais.
3. O Sintraturb não confia nos números apresentados pelas empresas de transporte, já que diversos itens importantes não constam das planilhas, como as receitas recebidas pela publicidade nos terminais e bussdor, do transporte executivo, assim como a remuneração paga pelas empresas para a Cotisa, da qual as empresas são também proprietárias. Em outras palavras, as empresas pagam para elas próprias o aluguel dos terminais e colocam esse “custo” nas tarifas.
4. Em relação à decisão judicial, que determina o percentual de 100% de frota circulando nos horários de pico, a consideramos inconstitucional, já que 100% de operação resulta na não-greve. Estamos recorrendo desta decisão arbitrária que quer, no fim, criminalizar os trabalhadores do transporte coletivo e justificar ações mais drásticas contra os trabalhadores.
5. A tentativa de criminalização dos movimento sindical e popular é reforçada ainda pelo prefeito César Souza Jr., que classificou os grevistas de “selvagens”. Selvagem é a sanha dos empresários do transporte coletivo em aumentar as tarifas a qualquer custo e aumentarem suas margens de lucros, assim como também é selvagem a postura de um político eleito para mandato democrático, fazendo acusações falsas, em desapreço aos trabalhadores.
6. Quanto às notas de determinados “calunistas” da mídia local, declaramos que a população de Florianópolis é sim refém: refém de uma mídia monopolizada e de má qualidade, que distorce os fatos conforme o gosto do freguês-anunciante.
7. Nos colocamos à disposição da Justiça e da cidade para fazer uma “greve ao contrário”. Ao invés de paralisar os serviços, nos propomos a operar 100% da frota dos transportes, desde que os ônibus circulem sem a cobrança das tarifas, em sistema de “catraca livre”, enquanto durar o impasse."
Fonte: Sintraturb
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