"Para manter o benefício do desconto na conta de luz anunciado em janeiro e evitar pressão sobre a inflação, o governo oficializou ontem um socorro às distribuidoras de energia. As poucas chuvas levaram as empresas a comprar eletricidade produzida por termoelétricas, que é mais cara. A conta é paga por essas comercializadoras, mas depois é repassada para o consumidor.
A ajuda será por meio de um fundo setorial, a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que tem R$ 11 bilhões em caixa. Além disso, todos os anos essa conta será recheada com mais R$ 4 bilhões que o Tesouro Nacional repassará de Itaipu. O dinheiro será transferido para as distribuidoras pagarem os custos extras com a compra emergencial de energia térmica, evitando assim um pedido de reajuste extraordinário da tarifa, o que acabaria minando o desconto da conta implantado pelo governo no início do ano.
"Estamos socorrendo as distribuidoras em benefício dos consumidores", afirmou ontem o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. "Todos os brasileiros já receberam suas contas com o desconto anunciado. E a decisão da presidente Dilma Rousseff tem caráter permanente", garantiu.
Rateio. O governo também decidiu que o custo do uso, em momentos emergenciais, de energia proveniente de termoelétricas passará a ser repartido. Até então, ficava a cargo das distribuidoras, que repassavam os valores para as tarifas. Agora, 50% desse custo ficará com o agente que estiver exposto no mercado de curto prazo. A outra metade será rateada entre consumidores, produtores e comercializadores..."
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