"As comunidades indígenas Kayapó que estão localizadas a 500 quilômetros das obras da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, recusaram o recebimento de recursos de cerca de R$4 milhões anuais, no período de quatro anos, para desenvolvimento de projetos sociais, repassados pela Eletrobras. Pela distância, o povo Kayapó não foi incluído no PBA da usina, mas recebeu da estatal uma oferta de apoio, que teria sido viabilizada pelo departamento de responsabilidade social da empresa e formalizado com a Funai, através de um protocolo de intenções.
A posição foi discutida nos dias 4 e 5 de março, entre as lideranças de 26 comunidades mebengôkre/kayapó das terras indígenas Kayapó, Badjonkôre, Menkragnoti e Las Casas, no Pará. E teria sido tomada, segundo eles, depois de sucessivos descumprimentos de promessas feitas aos Kayapó pela Eletrobras, e da percepção de que esta parceria representaria um risco para o futuro de seu rio através da construção de outros barramentos para viabilizar a usina, as comunidades decidiram encerrar esta parceria.
A Associação Floresta Protegida (AFP), organização que representa estas comunidades, chegou a executar um primeiro projeto em 2012, no valor de R$1,5 milhão, financiado pela estatal e denominado de emergencial. Sua continuidade seria viabilizada por meio de outras iniciativas consideradas de médio/longo prazo..."
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