"O governo projetou na proposta orçamentária para 2013 uma forte contenção dos gastos com o pagamento do seguro-desemprego e do abono salarial, embora a discussão na área técnica sobre mudanças nesses dois benefícios não tenha ainda sido concluída. O Orçamento do próximo ano prevê que essa despesa ficará em R$ 40,1 bilhões - praticamente o mesmo valor estimado para este ano, de R$ 39,6 bilhões, o que vai representar uma significativa queda real.
Fontes oficiais revelaram que a intenção é manter o gasto nesse patamar ao longo dos próximos anos. Essa contenção das despesas resultará de medidas que deverão ser apresentadas depois do segundo turno das eleições municipais. A proposta de taxar as empresas cujo índice de rotatividade da força de trabalho supere o índice médio do setor, inicialmente apresentada pelo Ministério do Trabalho, foi descartada. A tendência é a de se criar regras mais rigorosas para a concessão dos dois benefícios.
O governo está muito preocupado com o vertiginoso crescimento dessas despesas. Em 2007, o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) gastou R$ 12,9 bilhões com o pagamento do seguro-desemprego a 6,5 milhões de trabalhadores, de acordo com o Ministério do Trabalho. Este ano, a estimativa é que a despesa será de R$ 26,4 bilhões com 8,2 milhões de trabalhadores - ou seja, o gasto nominal dobrou no espaço de apenas cinco anos..."
Nenhum comentário:
Postar um comentário