"Por Caio Junqueira, Raquel Ulhôa e Paola de Moura | De Brasília e do Rio
Paes e Cabral: declarações dadas pelo prefeito reeleito no fim de semana tiveram repercussão negativa no PMDB e causaram estranheza no Planalto
Com a popularidade em baixa e risco de não conseguir fazer seu sucessor, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), busca socorro no governo federal com o objetivo de tentar reverter sua situação. Ele trabalha nos bastidores para assumir um ministério do governo da presidente Dilma Rousseff.
Sua preferência é por Minas e Energia, em razão da articulação direta que lhe seria conferida sobre as negociações do novo marco regulatório do petróleo. Ele já fez chegar essa intenção à presidente. A pasta é atualmente ocupada pelo também pemedebista Edison Lobão.
Com isso, conseguiria uma justificativa à altura para deixar o governo do Rio antes do fim do seu mandato, dentro de um cálculo político que embute, primeiro, a avaliação de que sua popularidade está em baixa. Não recuperou ainda a imagem depois da publicação de fotos em que, com um grupo de assessores e o então presidente da construtora Delta, Fernando Cavendish, participava de comemoração em restaurante de Paris, todos bem animados, com o guardanapo amarrado à cabeça.
Segundo, porque, diante desse cenário, as chances de seus adversários políticos cresceram na sucessão do governo fluminense em 2014. As urnas mostraram a viabilidade eleitoral do PT do senador Lindbergh Farias e, em menor grau, do PR do deputado federal Anthony Garotinho. O PMDB tinha 35 prefeituras e acabou com 22 e o PP, outro importante aliado de Cabral, foi de 14 para 8 municípios. O PT subiu de 7 para 10 e o PR de 3 para 6..."
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