quinta-feira, 18 de outubro de 2012

'Agressões de Serra são uma forma de censura', diz SJSP em entrevista à RBA (Fonte: Jornalistas de São Paulo)


"As recentes investidas de José Serra contra profissionais da imprensa são uma forma de censura, pois tentam impedir o trabalho dos jornalistas e a livre circulação da informação, avalia o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, José Augusto Camargo, sobre a postura hostil do candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo frente às perguntas que lhe são dirigidas por repórteres de distintos meios de comunicação durante sua campanha.
“É importante salientar que todas essas tentativas de calar e impedir a imprensa de fazer seu trabalho precisam ser encaradas como uma forma de censura. Não é uma censura praticada pelo uso direto da violência, mas é censura, porque tenta impedir a livre circulação de informação”, define José Augusto Camargo. “Devemos entender isso pra que não achemos que se trata de apenas um chilique ou uma posição pessoal, um costume. Se entendermos que é uma maneira de impedir a circulação de informação, vamos dar a importância que merece. Se não, fica no folclore.”
Com um novo ato de hostilidade ontem contra uma repórter do portal de notícias UOL, José Serra soma seis agressões contra a imprensa em menos de 20 dias, todas ocorridas durante sua campanha para a prefeitura de São Paulo. A primeira da série ocorreu no dia 28 de setembro, quando o tucano chamou um repórter da RBA de “sem-vergonha” após ser questionado sobre seu plano de governo. Depois, ao analisar a repercussão negativa que teve a declaração de seu candidato, o PSDB divulgou nota acusando o profissional de ter sido enviado pelo PT para tumultuar a coletiva.
Na semana passada, dois repórteres da TVT foram ignorados pelo candidato do PSDB, em duas ocasiões diferentes, única e exclusivamente pelo fato de trabalharem para a emissora, sediada em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Nesta semana, o tucano já foi agressivo com a reportagem da rádio CBN e, por duas vezes, com a profissional do UOL. Ou seja, foram três agressões em três dias. A tática é sempre a mesma: menosprezar a pergunta e vincular o jornalista ao PT..."


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