sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Por intransigência da Eletrobras, audiência do TST termina sem acordo (Fonte: Sinergia-BA)

"Terminou sem acordo nesta quinta-feira, 01, a audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST) entre representantes da Eletrobras e os dirigentes sindicais elétricitários para discutir a sugestão de acordo apresentada na última segunda, 29, pelo presidente do TST, ministro Carlos Alberto Reis de Paula.
O principal ponto que travou a discussão envolveu o prazo para concessão de reajuste real, ou seja, acima da inflação medida pelo IPCA, ao salário dos trabalhadores. A Eletrobras propôs dois anos para conceder aumento real (0,5% relativo a maio deste ano, 1% em maio do ano que vem e 1% em maio de 2015) e os trabalhadores queriam que o realinhamento ocorresse no prazo de um ano.
A empresa, também, não queria aceitar o texto do sindicato para a Periculosidade e estava empurrando o ganho real ao máximo pros anos seguintes a fim de excluir as pessoas que estão saindo da empresa.
Sem entendimento, foi sorteado um relator para o caso, que será Maurício Godinho Delgado. Ele irá preparar o voto e apresentar a instrução na Seção de Dissídios Coletivos (SDC) do TST que, então, definirá o reajuste dos trabalhadores. Não há data definida para a decisão.
Após a audiência, o presidente do TST, o Ministro Carlos Alberto Reis de Paula, alterou decisão liminar da quarta-feira (24) que determinou a manutenção de 75% da força de trabalho. Com a nova decisão, ele manteve essa exigência, mas determinou a manutenção de apenas 40% da força de trabalho nos setores administrativos, que não sejam pré e pós-operacionais. Também pediu que os trabalhadores assegurem  a rendição dos empregados nas respectivas escalas.
Vale salientar que durante as quase 3hs de audiência, os prepostos da empresa usavam de qualquer oportunidade para rebaixar os trabalhadores, os representantes do FNU fizeram uma defesa eloquente de como a empresa estava apresentando propostas punitivas para uma categoria que estava agindo de forma exemplar, que vinha tendo uma greve tranquila e retornou em sinal de boa fé.
As assembleias ocorrem hoje para decidir os rumos do movimento.
VAMOS CONTINUAR LUTANDO POR GANHO REAL E NOSSOS BENEFÍCIOS!"

Fonte: Sinergia-BA

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