"O desemprego que assusta trabalhadores de todo o mundo, e que empurrou vários países para uma zona permanente de instabilidade política e econômica, ganhou novos contornos ontem com as celebrações pelo feriado global de 1º de Maio. Em vez de festejos, houve violentos confrontos entre sindicalistas e familiares de desempregados. Manifestantes foram presos e outros acabaram feridos em combates civis travados com as forças de segurança dos governos locais na Ásia, Europa e América do Sul.
No Chile, a tensão descambou para hostilidade entre os dois lados. Sessenta pessoas foram detidas e seis policiais acabaram feridos durante os confrontos. Quatro deles foram agredidos por paus e pedras e dois sofreram queimaduras ao serem atingidos por ácido despejado por manifestantes. Em Istambul, na Turquia, manifestantes enfrentaram as forças de segurança com gritos de "morte ao fascismo" e "longa vida ao 1º de Maio". A tropa de choque usou gás lacrimogêneo e jatos de água para dispersar a multidão. Segundo relatos publicados na imprensa turca, pelo menos seis pessoas ficaram feridas nos confrontos.
Na Colômbia, houve quebra-quebra nas ruas e prisões de manifestantes. Em Bogotá, as forças de segurança contabilizaram 37 detenções pelos protestos. Onze pessoas, entre elas três policiais, acabaram encaminhadas para hospitais locais após a onda de hostilidades. Na cidade de Medelin, o dia também foi turbulento. No México, a violência tomou conta das ruas. Em El Salvador, na América Central, manifestantes protestaram contra partidos políticos e contra o governo local. Mas não houve confrontos, apesar de a polícia ter mantido forte esquema de segurança para monitorar grupos anarquistas, "que são contra qualquer tipo de governo"..."
Íntegra: Correio Braziliense
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