"Milhares de pessoas foram às ruas no sábado em 436 cidades de 52 países para pressionar pela rotulagem de alimentos processados contendo ingredientes transgênicos. As demonstrações tiveram como alvo a multinacional americana Monsanto, uma das líderes mundiais no desenvolvimento de sementes modificadas geneticamente de modo a tornar as plantas mais resistentes a herbicidas, insetos e outras pragas, além de tolerantes a estresse hídrico e calor.
Sob o slogan "É meu direito saber", os manifestantes da "Marcha contra a Monsanto" demandaram a identificação da transgenia nas embalagens, apesar de muitos governos federais e cientistas afirmarem que a tecnologia é segura.
O debate tem ganhado fôlego sobretudo nos Estados Unidos, país com a maior adoção da biotecnologia nas lavouras de milho, soja e algodão. Atualmente, o FDA, órgão do governo americano que regulamenta medicamentos e alimentos, não exige a rotulagem.
A principal argumentação para a identificação é que as sementes modificadas estão sendo carregadas pelo vento e contaminando lavouras convencionais e orgânicas. Na semana passada, o Senado americano rejeitou por maioria uma emenda que requeria a rotulagem. A Organização das Indústrias de Biotecnologia, lobby de Monsanto, DuPont Pioneer, Syngenta e outras, afirma que a identificação obrigatória confundiria os consumidores, levando-os a pensar que o produto não é seguro..."
Íntegra: Valor Econômico
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