"A Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara de Vereadores discutiu, na manhã desta quarta-feira, 15, o fechamento dos shoppings e supermercados aos domingos em audiência pública. O vereador Alfredinho (PT), autor do PL 309/12, que trata do tema, afirmou que a discussão entre comerciantes, trabalhadores e consumidores é antiga, e sua proposta está baseada na reivindicação justa dos funcionários do setor. “Temos que dar oportunidade de trabalhadores terem domingos com suas famílias”, argumentou.
O presidente da CUT-SP, Adi dos Santos Lima, concorda com o parlamentar: "O trabalho aos domingos e feriados retira os trabalhadores do convívio social".
O evento teve a participação de sindicalistas, que apoiaram a propositura de Alfredinho. “Somos a categoria que mais trabalha nesse país e vemos que as empresas estão bem à custa dos trabalhadores”, disse José Gonzaga, vice-presidente do Sindicato dos Comerciários. De acordo com representantes da categoria são recorrentes as reclamações de trabalhadores de grandes redes, que sofrem com estresse, Lesão por Esforço Repetitivo (LER) e alcoolismo.
Os representantes dos lojistas, entretanto, fizeram ressalvas ao projeto e o Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios (Sincovaga) e a Associação Paulista de Supermercados (APAS) apresentaram-se contrários à mudança. Roberto Longo, da APAS, disse que a população já está acostumada a fazer compras aos domingos, motivo que este é o segundo melhor dia para o comércio. “Vai ser o caos total”, lamentou.
Já o presidente do Sindicato dos Promotores e Demonstradores de Venda, Luiz Santos Souza, rebateu os representantes patronais: "O fato de os funcionários não poderem programar o dia da folga, que é determinada por uma escala pouco flexível, dificulta, por exemplo, que o trabalhador faça acompanhamento médico, ou mesmo da vida escolar de seus filhos", contestou o líder sindical.
O diretor de Assuntos Jurídicos e Financeiros da APAS se comprometeu, em uma segunda audiência pública que a Comissão deverá agendar para continuar o debate, a trazer estudos sobre impactos da proposta de lei no faturamento e no número de empregos nos supermercados. “Se houver a diluição das vendas nos outros dias da semana, obviamente seremos favoráveis ao projeto”, garantiu."
Fonte: Câmara PT-SP
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