"Mas indústria corta 93 mil vagas em São Paulo e inflação corrói renda
O desemprego medido pelo IBGE para as seis maiores regiões metropolitanas do país fechou o mês de março em 5,7%, número que, apesar da leve alta sobre os 5,6% de fevereiro, representa a menor taxa para o mês de toda a série histórica, iniciada em 2002. Mas, mesmo no cenário favorável, dois dados negativos chamaram atenção: a queda da ocupação na Região Metropolitana de São Paulo e a perda de renda do trabalhador. O rendimento médio ficou em R$ 1.855,40 em março, uma queda de 0,2% sobre fevereiro. Na comparação com março do ano passado, houve alta de 0,6%, número que mostra uma desaceleração, já que em fevereiro o ganho salarial neste tipo de comparação havia sido de 2,4%.
O coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, citou a inflação como um dos motivos para a queda na renda. A alta de preços corrói o poder de compra dos trabalhadores. O economista Claudio Dedecca, professor da Unicamp, também vê um impacto da inflação:
- Os dados mostram que o mercado de trabalho não mudou, não está numa trajetória de melhora, está em banho maria. Este ano, tivemos um aumento menor do salário mínimo e a inflação está correndo mais alta e afeta o rendimento.
Segundo Azeredo, a pequisa do IBGE mostrou estabilidade do mercado de trabalho e a grande surpresa foi São Paulo, onde a população ocupada encolheu 1,3% no mês, número que representa uma perda de 127 mil vagas. A maior parte dos cortes foi na indústria, onde a ocupação foi reduzida em 93 mil..."
Íntegra: O Globo
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