"O Arquivo Público de São Paulo colocou na internet, desde a tarde de ontem, mais de 280 mil fichas e prontuários do extinto Departamento Estadual de Ordem Política e Social (Deops), que funcionava no mesmo prédio onde hoje está a instituição que guarda a memória do estado. Parte do material, que levou dois anos para ser digitalizada, foi encontrada em 2010 na delegacia do órgão de repressão, em Santos. Pelo Deops passaram centenas de pessoas que lutaram contra o regime militar, inclusive a presidente Dilma Rousseff. O lançamento do material na rede foi precedida por um encontro de autoridades do setor e integrantes da Comissão Nacional da Verdade.
Os documentos encontrado no Deops podem ser fundamentais para as investigações da Comissão da Verdade. No início do ano, foram encontrados dois livros que registravam as entradas e saídas do prédio e que poderão ajudar na identificação de presos políticos. Os documentos mostram, por exemplo, que um integrante da Embaixada dos Estados Unidos e empresários estiveram na sede do Deops. Até 2014, o Arquivo Público deve publicar na internet mais 154 mil fichas, que estão em fase de digitação.
Para o coordenador do arquivo, Carlos Bacellar, a divulgação das fichas e dos prontuários é o cumprimento da Lei da Informação. “O esforço de digitalização e publicação dos documentos do Deops vem neste sentido”, diz o funcionário, “assim como nosso trabalho de gestão documental, que garante o acesso da população às informações que lhe dizem respeito”. Bacellar ressalta que, desde 1994, o órgão dá acesso a documento relacionados à extinta delegacia de repressão..."
Íntegra: Correio Braziliense
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