sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Trabalhadores aprovam proposta com 1% de aumento real após mobilização que abre novo momento na história da Copel (Fonte: SINDENEL)



"Por 1.953 votos a 1.350, os copelianos presentes às assembleias realizadas em frente às sedes da empresa nesta quinta-feira (29) pela manhã aprovaram a nova proposta da Copel para o Acordo Coletivo de Trabalho 2012/13.
 Assim, os 13 sindicatos que, unidos, representam mais de 90% dos copelianos, irão assinar o documento, que prevê reajuste salarial de 5,58% retroativo a outubro, pagamento de abono de duas remunerações (com desconto do imposto de renda), aumento real de 1% a partir de maio de 2013 e adoção do divisor 200, em vez do 220, para o cálculo de horas extras, como determina súmula do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
 Além disso, não haverá desconto nos salários dos milhares de copelianos que aderiram à paralisação do último dia 22.
 A aprovação da proposta encerra as manifestações que, pela primeira vez em 23 anos, levaram os copelianos a cruzar os braços e protestar contra a direção da empresa. Essa postura dos trabalhadores foi determinante para que conseguíssemos arrancar, com muita luta, uma proposta um pouco melhor para nosso ACT.
 Comprovamos que, unidos, somos fortes, temos valor e não aceitamos mais que nos empurrem à força uma proposta que não satisfaça nossa expectativa. Se não chegamos ao que considerávamos ideal, é inegável que obrigamos a direção a rever sua “proposta final”.
 E seguiremos unidos. O ACT 2012/13 marca o início de um momento histórico para os trabalhadores da Copel. Queremos mais, e seguiremos unidos e mobilizados em busca disso.
 Por fim, deixamos um apelo aos diretores da Copel e ao governo do estado, que durante quase toda a campanha salarial mantiveram uma postura inflexível perante os trabalhadores. Leiam os comentários postados pelos copelianos neste blog e em nossas redes sociais. Neles, fica clara a insatisfação dos copelianos perante seus comandantes e as condições de trabalho na empresa.
 São recados claros, por vezes rudes, de que não há mais espaço para truculência e pouco caso. Os trabalhadores sabem que são responsáveis pela história de sucesso da empresa, e exigem o mesmo respeito que recebem os acionistas. Esperamos que, ao admitir que era possível melhorar a “proposta final” com um aumento real de 1%, a partir de maio, a direção da Copel esteja dando um (ainda tímido) passo nessa direção."


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