"O novo sistema desenvolvido pela Justiça do Trabalho para tornar digitais todos os processos judiciais irá gerar uma economia anual equivalente a mais de duas mil toneladas de papel, 200 milhões de litros de água e 10 milhões de kilowatts de energia elétrica. A declaração foi feita pelo presidente do Tribunal Superior do Trabalho e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, ministro João Oreste Dalazen, durante o lançamento do Processo Judicial Eletrônico no Rio de Janeiro, em 18 de junho.
"O projeto tem notável, imediata e importantíssima função socioambiental, sobretudo ao abolir a utilização de papel na Justiça do Trabalho, que afirma e proclama seu compromisso visceral e responsabilidade inarredável com o desenvolvimento sustentável", destacou o presidente do TST, durante a Rio + 20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável.
O ministro Dalazen destacou ainda que, em 2011, a Justiça do Trabalho brasileira recebeu cerca 2 milhões e 155 mil novos processos. Considerando que, em média, um processo no TST tem 540 folhas e nas 1ª e 2ª instâncias tem 200 folhas, isso exige cerca de 431,4 milhões de folhas de papel A4 por ano. "É impactante, do ponto de vista ambiental, a estimativa positiva advinda da substituição do processo físico em papel pela implantação do processo judicial eletrônico", afirmou o presidente do TST.
De acordo com dados divulgados por ambientalistas, para cada tonelada de papel fabricado é necessário o corte de 25 árvores, de 100mil litros de água e de 5mil kwh de energia. Desse modo, A implantação do PJe em todas as instâncias da Justiça do Trabalho, vai gerar ainda uma economia anual estimada de 2.019 toneladas de papel por ano "O que equivale à preservação de 50.475 árvores, ou uma verdadeira floresta por ano", ressaltou o ministro Dalazen.
Além de acelerar o andamento processual, o Processo Judicial Eletrônico atua diretamente na redução de gastos públicos, ao possibilitar um enxugamento nos custos da atividade fim do Judiciário; a diminuição de despesas em material de expediente, pessoal, mobiliário, prédios para acomodação dos processos que tramitam em autos físicos, arquivos e transporte. O presidente do TST destacou ainda o ganho dos advogados e das partes em acessibilidade, já que "as portas da Justiça do Trabalho estarão sempre abertas para o jurisdicionado, 24 horas por dia, sete dias por semana, 52 semanas por ano; sem fila, sem enfrentar congestionamento de trânsito que polui e afeta a atmosfera".
A extinção dos autos em papel implicará, também, na redução de emissão de gás carbônico despendido na produção e uso de equipamentos, como impressoras. Além de resultar em economia de energia elétrica e de insumos, tais como tonners, cartuchos de tintas, etc. "Imprimir, autuar, movimentar e arquivar mais de duas mil toneladas de papel por ano constituem atividades das quais deriva uma notável quantidade de resíduos sólidos, cujo tratamento exige tempo, recursos e estratégias custosas por parte da Administração. Significa que ao desenvolver e implantar o PJe-JT, contribuímos para um mundo com menos lixo", lembrou o presidente do TST."
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