quinta-feira, 17 de maio de 2012

Reunião sobre imposto de renda na PLR é adiada outra vez (Fonte: Metalúrgicos ABC)

"Governo cancelou encontro e não agendou nova data para debater o assunto


O governo federal cancelou mais uma reunião marcada com as centrais sindicais para discutir a isenção da cobrança de imposto de renda na PLR. O encontro que aconteceria nesta quarta-feira (16) foi cancelado sem maiores explicações.
Encontro definido para o último dia 8 já havia sido desmarcado. “Isso é muito ruim. Dá a impressão que o governo não quer atender a reivindicação dos trabalhadores”, criticou Wagner Santana, o Wagnão, secretário-geral do Sindicato.
A CUT também protestou. “Cobramos a definição – e manutenção – de uma nova data para breve, e que a audiência avance para o fechamento de uma proposta positiva para a classe trabalhadora”, afirmou Artur Henrique, presidente nacional da Central.
R$ 1,61 bilhão
O secretário-geral do Sindicato destacou que a categoria aguarda uma resposta do governo à reivindicação apresentada há bastante tempo e não consegue entender os motivos da demora.
“O interesse da companheirada no assunto é tanto que ocupamos a Via Anchieta por duas vezes – em dezembro do ano passado e março deste ano – e ainda não temos resposta”, alertou.
A luta pela isenção da PLR também envolve categorias como bancários e químicos, que juntos com os metalúrgicos do ABC colocariam R$ 1,61 bilhão na economia do País com a desoneração.
“Também revolta os trabalhadores saber que os empresários não pagam impostos sobre o que recebem, enquanto nós, que produzimos essa riqueza, somos duramente taxados”, concluiu Wagnão.
Câmara Federal ainda não votou isenção
No início da noite desta quarta, a Câmara Federal tentou iniciar a votação da medida provisória (MP) 556, que inclui entre seus 18 itens uma emenda do deputado Vicentinho (PT) que isenta a PLR do pagamento de imposto de renda.
Interessa ao governo federal votar a MP porque ela simplifica licitações para obras no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Mas a bancada de oposição (PSDB e DEM) obstruiu a votação, a MP não foi apreciada e terminou adiada para outra sessão.
Se a medida não for votada até o 31 ela perderá a validade. Por isso o governo quer agilizar o processo, o que abre a possibilidade de a emenda de Vicentinho voltar à pauta da Câmara.

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