terça-feira, 18 de outubro de 2011

Eletrobras tenta reabrir mercado externo com emissão de US$ 2,5 bi (Fonte: Valor Econômico)

"A Eletrobras se prepara para realizar uma emissão de títulos no exterior, após mais de um mês sem operações de empresas brasileiras. A companhia pretende captar até US$ 2,5 bilhões em bônus de 10 anos, denominados em dólar, sem garantias reais, para destinar os recursos ao seu programa de investimentos. A Moody"s atribui rating "Baa2" à proposta de emissão e a mesma nota para a Eletrobras. A Standard & Poor"s anotou rating "BBB-".
O mercado de títulos no exterior está praticamente fechado desde agosto, após o agravamento da crise externa com os desdobramentos negativos da dívida soberana da Grécia. Em setembro, apenas uma captação foi realizada, pela Brasil Telecom, com o lançamento de R$ 1,1 bilhão em reais.
O volume captado no terceiro trimestre pelas companhias brasileiras somou US$ 5,23 bilhões, segundo levantamento do "Valor Data", bem inferior aos cerca de US$ 20 bilhões lançados no mesmo período do ano passado.
A expectativa dos bancos de investimentos é que, mesmo com as turbulências nos mercados, empresas brasileiras com notas elevadas das agências de risco - grau de investimento - consigam tomar recursos no exterior ainda este ano. A grande dúvida é se os preços, que estavam bastante acima do que as companhias estão dispostas a pagar, recuaram nos últimos dias.
Um bom termômetro do humor dos investidores com papéis de renda fixa é a taxa dos títulos externos brasileiros negociados nos mercados secundários. O rendimento de uma emissão do Tesouro Nacional, denominada também em dólares e com prazo de 10 anos, registrou queda de 34 pontos básicos, para 3,625%, no mês de outubro, atingindo o menor valor desde a primeira quinzena de setembro.
O rendimento dos próprios papéis da Eletrobras, com vencimento em 2019, teve forte queda ontem, passando de 5,033% para 4,559% - esses títulos são menos líquidos do que os bônus do Tesouro e os preços costumam apresentar maior volatilidade. A taxa em queda é um sinal de menor aversão ao risco. Mas os prêmios cobrados para novas emissões ainda permanecem elevados no mercado, dizem executivos de bancos."

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