terça-feira, 7 de junho de 2011

"Sai fundo de fornecedores da Petrobras" (Fonte: Valor Econômico)

"Crédito: Plural fecha captação de FIDC de um programa de R$ 4 bilhões lançado pela estatal em 2010
 
Depois de alguns tropeços, mais de um ano depois de lançado, o programa de R$ 4 bilhões da Petrobras para financiar fornecedores por meio de fundos de recebíveis ganha uma nova chance. O Plural Capital Fornecedores Petrobras encerrou ontem a captação de R$ 237 milhões em cotas do tipo sênior da primeira série. Foram atraídos para a oferta - que tem como rentabilidade-alvo 125% do CDI - 159 investidores, a maior parte fundos de investimentos.
Nenhum dos outros fundos registrados na Comissão de Valores Mobiliários conseguiu captar no mercado. Além disso, em maio do ano passado, o fundo Fornecedores BR2 teve de ser encerrado porque não conseguiu aplicar os R$ 100 milhões que tinha levantado
No fundo da Plural Capital, somadas as cotas subordinadas, nas mãos da Petrobras (R$ 30 milhões) e da gestora (R$ 33 milhões), o fundo de recebíveis alcança patrimônio de R$ 300 milhões. Segundo o executivo responsável pela área de óleo e gás da Plural, Humberto Tupinambá, cerca de 30 a 35 empresas fornecedoras da Petrobras devem recorrer ao fundo nessa primeira fase para antecipar recursos por meio da cessão de contratos fechados com a estatal. A Plural já identificou cerca de 300 empresas elegíveis.
O grande atrativo dessa estrutura de financiamento para as empresas, afirma Tupinambá, é a possibilidade de desconto dos recebíveis sem onerar o balanço. Pelo contrário, segundo ele, ao fazer a venda (cessão) dos contratos para o fundo, a companhia melhora o índice de alavancagem financeira de seu balanço.
Em termos de custos, que variam entre 150% e 180% do CDI, dependendo da companhia, Tupinambá diz que se equiparam a uma operação de desconto ou antecipação em um banco. Só que o desconto e a antecipação entram como dívida no balanço das companhias, que assumem a obrigação de honrar o empréstimo com a instituição financeira. Além disso, continua o executivo, a operação com o banco muitas vezes acaba restringindo a participação das empresas em novas licitações na Petrobras, que leva em consideração a alavancagem financeira.
Entre as principais novidades do fundo em relação às tentativas anteriores é a maior flexibilidade das cotas subordinadas, que servem como um colchão de proteção para o cotista sênior. Segundo Tupinambá, a parcela que ficou com a Plural servirá justamente para antecipar recursos aos fornecedores no caso de o processo de formalização da cessão, que depende do aval da Petrobras, demorar. O fundo vai trabalhar ainda com chamadas de capital dos investidores, à medida que os recebíveis forem selecionados.
Tupinambá trabalha com a possibilidade de novas séries, inclusive para a participação do BNDES."

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