"O crescimento das fontes renováveis na matriz energética brasileira será pequeno nesta década. Até 2020, a participação desse tipo de fonte de energia, como hidráulica, eólica, etanol e biomassa, vai passar dos atuais 44,8% para 46,3%. A estimativa consta do Plano Decenal de Expansão Energética 2020, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Enquanto a geração hidrelétrica cairá de 14,2% para 12,5%, a com cana-de-açúcar passará para 21,8% contra os atuais 17,7%. Já a geração baseada em outras fontes renováveis, principalmente eólica, passará de 3,4% para 3,7%.
O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, reconheceu que o crescimento das energias renováveis é pequeno. Mas destacou que, como a matriz energética brasileira tem o maior percentual de fontes renováveis do mundo, já é um grande desafio - com um crescimento econômico médio de 5% ao ano - conseguir manter essa taxa e até mesmo crescer um pouco. A média mundial de fontes renováveis na matriz energética é de 13%. Nos países desenvolvidos, a taxa cai para apenas 7%.
- O grande desafio é justamente manter o atual nível, que já é muito alto. O crescimento das fontes renováveis é pequeno, mas considerando o crescimento econômico, crescer um pouco as (fontes) renováveis já é algo extraordinário - destacou Tolmasquim, que negou a possibilidade de concretização dos planos do empresário Eike Batista de construir no Brasil usinas que usariam o carvão de suas minas na Colômbia. - A prioridade do governo serão as usinas hidrelétricas e de biomassa. O governo não cogita autorizar a construção de usinas a carvão.
O Brasil terá de investir R$1,01 trilhão na expansão de todas as fontes de energia - da eletricidade à produção de petróleo e gás e biocombustíveis - até 2020. Desse total, R$686 bilhões, ou 67%, serão destinados ao setor de petróleo e gás natural, sendo que metade desse investimento será estatal, principalmente da Petrobras."
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