"A família do compositor chileno Victor Jara, assassinado após o golpe militar de 1973, denunciou Pedro Barrientos Núñez, ex-oficial do Exército chileno e residente em Deltona, Estados Unidos, como executor do crime, segundo informaram seus representantes legais.
O Centro de Justiça e Responsabilidade (CJA) e o escritório de advocacia Chadbourne & Parke LLP indicaram que a denúncia alega que Barrientos executou Jara após o compositor ter sido detido e torturado no Estádio Chile. Barrientos, que residia nos Estados Unidos em 2012 é também acusado por crimes de tortura, assassinato extrajudicial e crimes de lesa humanidade, assinalaram os representantes da família Jara em um comunicado.
Segundo a ação judicial, Jara foi torturado por soldados sob ordens de Barrientos e teria sido ele o autor do disparo contra a cabeça do artista. Posteriormente, segundo a denúncia, o antigo oficial do exército chileno ordenou a seus subordinados que disparassem repetidamente sobre o cadáver.
“Nós somos apenas uma das muitas famílias afetadas pela brutalidade do governo de Pinochet e os terríveis crimes cometidos por Barrientos e outros durante a ditadura militar. Com essa ação queremos denunciar as violações de direitos humanos contra o povo chileno, expor os responsáveis e acompanhar as milhares de vítimas que continuam sofrendo em silêncio”, diz no comunicado a viúva Joan Jara.
“Esta ação em nome de sua viúva e suas filhas demonstra a importância da justiça internacional para os processos nacionais por violações de direitos humanos, em definitivo, para conseguir uma completa e verdadeia justiça para as vítimas”, disse Almudena Bernabeu, advogada internacional do CJA.
O compositor morreu em 16 de setembro de 1973 de 44 disparos, após ser torturado durante vários dias no Estádio Chile de Santiago, que hoje leva o nome do artista.
Pedro Barrientos Núñez foi processado no Chile em dezembro de 2012 junto a outros sete ex-oficiais por diferentes graus de responsabilidade no homicídio de Jara. Em decorrência do processo foram abertas uma solititação de extradição e uma ordem de captura internacional."
Fonte: EBC
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