“A Eletrosul, do grupo Eletrobras, foi condenada a pagar quase R$ 2 milhões de reais (R$ 1.959.890,75) para a família de um funcionário que morreu após cair de uma altura de 16 metros em janeiro de 2012. A viúva da vítima entrou com ação trabalhista contra a companhia pedindo pensão vitalícia e indenização por danos morais.
O trabalhador, que tinha 38 anos, exercia a função de técnico eletricista, e era concursado da empresa desde 2001.
O processo, que tramitava na 5ª Vara do Trabalho de Curitiba, no Paraná, foi encerrado após um acordo. O juiz homologou a decisão no início do mês de junho e o pagamento foi feito para os familiares no último dia 20.
O valor se refere a pensão mensal vitalícia, porém paga de modo adiantado.
De acordo com o advogado da família, Maximiliano Nagl Garcez, o desfecho do caso deve chamar atenção para que a relação que as companhias têm com temas relacionados à saúde do trabalhador brasileiro. "Não é admissível que um país que almeje ser uma grande potência mundial continue com índices tão elevados de acidente do trabalho", disse em nota.
ACIDENTE
Segundo Garcez, o trabalhador havia sido convocado para substituir isoladores quebrados em uma torre. Para realizar o trabalho, era necessário a instalação de um equipamento conhecido como "jugo lado vivo", que serve para sustentar os cabos de energia enquanto o isolador é trocado.
Durante o processo de manutenção, o aparelho, que deveria suportar o peso da linha e do funcionário, arrebentou e cedeu. O empregado morreu na hora.
A empresa tem sede em Florianópolis, Santa Catarina, e é responsável por gerar e transmitir energia elétrica na região.
Procurada pela Folha, a Eletrosul apenas confirmou "o acordo homologado na 5ª Vara do Trabalho de Curitiba, Paraná".
Fonte: Folha de São Paulo
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