"A ausência de ofertas para quatro empreendimentos no primeiro leilão de transmissão após a aprovação da Lei 12.783 (Antiga MP 579, da prorrogação das concessões), na sexta-feira, é um indicativo do novo cenário do mercado elétrico. Para especialistas, as empresas, principalmente a Eletrobras (a mais afetada pela lei), ainda estão analisando os efeitos da medida, aceitando menos riscos e exigindo taxas de rentabilidade mais adequadas à nova realidade.
Dois participantes frequentes dos leilões de transmissão, o grupo Eletrobras e a Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep), que aderiram à proposta do governo de renovação onerosa das concessões, não adquiriram novas linhas na sexta-feira. A Cteep inclusive nem se inscreveu para o leilão. A fraca competição se traduziu em um deságio médio de 11,96%, considerado baixo para o histórico dos leilões da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
"O resultado pode indicar desajustes no modelo, pois os leilões de linhas de transmissão sempre foram um bom medidor de temperatura do ambiente regulatório", afirmou o coordenador do Grupo de Estudos do Setor de Energia Elétrica (Gesel/UFRJ), Nivalde Castro. Para ele, o leilão é repercussão dos efeitos da Lei 12.783..."
Íntegra: Valor Econômico
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