"Ameaçado com a possibilidade de rebelião pela oposição e parte da base aliada, o Palácio do Planalto entrou em campo para pressionar o Congresso a colocar em votação — e aprovar — as duas Medidas Provisórias (MPs) do Plano Brasil Maior, que concedem incentivos fiscais ao setor de industrial. Ao fim da sessão, vitória do governo. Um acordo firmado entre oposicionistas e o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), resultou na aprovação de uma delas (MP 563) e na garantia de que a outra (MP 564) será apreciada hoje, assim como a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Caso isso não ocorresse, as duas MPs perderiam a validade, acarretando prejuízos de R$ 10 bilhões aos cofres públicos e uma iminente crise institucional com o parlamento.
Marco Maia reuniu-se com líderes do DEM, PSDB e PPS antes da sessão. No encontro, ficou acertado que eles não obstruiriam a votação, como vinham fazendo. Em contrapartida, com o aval do governo, ofereceu a garantia do empenho de R$ 3 milhões em emendas para cada parlamentar desses partidos e a quitação de restos a pagar (dívidas de emendas já aprovadas) até o fim deste mês. Foi a maneira encontrada para apaziguar os ânimos, abrindo caminho para que as MPs passassem. Na semana retrasada, o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), já havia construído uma saída com o grupo dos descontentes, prometendo que o governo abriria o cofre. O Planalto, porém, rasgou o acordo, pedindo prazo de 20 dias para honrar o compromisso.
De acordo com o líder do DEM na Câmara, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), apesar de a proposta de Maia ter sido semelhante à apresentada pela ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, na semana passada, o acordo foi possível por causa da data. "Não era conveniente aceitarmos antes. Queríamos que houvesse um custo para o governo, como forçar a base a vir para a votação de hoje (ontem)", admitiu, explicando a estratégia..."
Marco Maia reuniu-se com líderes do DEM, PSDB e PPS antes da sessão. No encontro, ficou acertado que eles não obstruiriam a votação, como vinham fazendo. Em contrapartida, com o aval do governo, ofereceu a garantia do empenho de R$ 3 milhões em emendas para cada parlamentar desses partidos e a quitação de restos a pagar (dívidas de emendas já aprovadas) até o fim deste mês. Foi a maneira encontrada para apaziguar os ânimos, abrindo caminho para que as MPs passassem. Na semana retrasada, o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), já havia construído uma saída com o grupo dos descontentes, prometendo que o governo abriria o cofre. O Planalto, porém, rasgou o acordo, pedindo prazo de 20 dias para honrar o compromisso.
De acordo com o líder do DEM na Câmara, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), apesar de a proposta de Maia ter sido semelhante à apresentada pela ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, na semana passada, o acordo foi possível por causa da data. "Não era conveniente aceitarmos antes. Queríamos que houvesse um custo para o governo, como forçar a base a vir para a votação de hoje (ontem)", admitiu, explicando a estratégia..."
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