"Ministro diz que campanha contra hidrelétrica é injusta
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse ontem, no programa "Bom dia, ministro", que o governo enfrenta campanhas injustas contra a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA). Ele disse que só vê qualidades, benefícios e vantagens no empreendimento, como atender a 40% do consumo nacional.
Polêmico, o empreendimento voltou a ser alvo de campanha de parte da sociedade civil, como artistas e movimento indígena, que alegam que a usina tem um custo ambiental e social elevado e não deveria ser erguida.
- A energia hidráulica é a mais barata, mais limpa, e renovável. Por que tantas pessoas se levantam contra ela, se só tem qualidades? - questionou.
Lobão afirmou também que, ao contrário da hidrelétrica de Itaipu, em Belo Monte o lago da usina será mínimo: não vai inundar mais do que 500 quilômetros quadrados. Inicialmente, contou, o projeto era de 1.230 km2.
- Alguns dizem a mim, muitas vezes, que essa decisão do governo foi tomada de repente, inopinadamente, sem estudo. Sem estudo? Estamos estudando há 40 anos - afirmou.
Foram apontados pelo ministro vários benefícios que a construção trará para cinco mil famílias da região. Ele afirmou que elas serão instaladas em áreas próximas, com saneamento básico, saúde e educação. Também lembrou que o consórcio gestor tem de investir R$500 milhões em Altamira e cidades próximas, obrigações impostas pelo governo para conceder as licenças de construção.
- Sabe quantos indígenas serão retirados da periferia da hidrelétrica? Nenhum, zero. Esta é uma campanha insidiosa contra Belo Monte - afirmou.
O ministro garantiu ainda que nenhum índio será molestado e disse que o índio mais próximo está a 32 km da hidrelétrica.
As negociações entre os cerca de 4 mil trabalhadores e o consórcio construtor de Belo Monte continuavam ontem. Os operários reivindicam reajuste salarial e mais benefícios.''
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