"SALVADOR Nove operários morreram, na manhã de ontem, após o elevador de serviço no qual estavam, na obra do Edifício Empresarial Paulo VI, no bairro Caminho das Árvores, região nobre de Salvador (BA), despencar de uma altura de 65 metros. A responsável pela obra é a Construtora Segura.
Os trabalhadores três carpinteiros, dois armadores, dois pedreiros e dois ajudantes dirigiam-se à última laje já construída da obra, no 28º dos 33 andares previstos, para dar início aos trabalhos do dia, às 7h30. Pouco depois de passar pelo 20º andar, porém, o elevador que os levava soltou-se da estrutura instalada do lado externo da construção, despencando em queda livre. Era a terceira viagem do equipamento no dia. Todos os ocupantes da cabine morreram na hora.
Ainda não se sabe o que causou o acidente. Agentes do Departamento de Polícia Técnica, que periciaram o local pela manhã, afirmam que a análise preliminar aponta falha mecânica no elevador. A principal suspeita é que uma peça responsável pela tração dos cabos tenha se partido, fazendo com que o equipamento ficasse sem sustentação.
O laudo da perícia, porém, só deve sair em 30 dias. Caso seja comprovada imprudência ou imperícia, o responsável pode responder por homicídio culposo (sem intenção) , afirmou a delegada Jussara Souza, da 16ª Delegacia de Salvador.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e da Madeira da Bahia (Sintracom-BA), José Ribeiro, o acidente revela descuido com o equipamento. Houve falta ou falha na manutenção do elevador , afirma. É claro que um elevador em condições perfeitas não cai desse jeito. É mais uma mostra de que as empresas não estão preocupadas com a segurança dos trabalhadores. Fiscais do Ministério Público do Trabalho também estiveram no local e afirmaram que o equipamento tem tecnologia defasada. O projeto deste elevador está muito ultrapassado, não poderia mais ser considerado dentro das normas de segurança , afirmou o fiscal Flávio Nunes.
Para o presidente da construtora, Manuel Segura Martinez, não houve falta de manutenção. Eu mesmo usava esse elevador todos os dias , disse. Funcionários da obra corroboram com a versão do empresário. Na semana passada, o elevador foi vistoriado , afirma o carpinteiro José Alves Pinto. Trocaram até um dos cabos. Em nota, a empresa informou que o equipamento estava funcionando dentro dos parâmetros de segurança e em perfeito estado de conservação .
As obras no canteiro foram paralisadas por tempo indeterminado, preventivamente, pela Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom). De acordo com o órgão, porém, a construção tem todas as licenças e alvarás regulares.
Durante a tarde, integrantes da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), do Sintracom e da Federação dos Trabalhadores na Indústria da Construção e da Madeira no Estado da Bahia (Fetracom-BA) promoveram uma manifestação em frente à sede da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego da Bahia, no Centro de Salvador, para reivindicar mais fiscalização nas normas de segurança dos canteiros de obras no Estado."
Os trabalhadores três carpinteiros, dois armadores, dois pedreiros e dois ajudantes dirigiam-se à última laje já construída da obra, no 28º dos 33 andares previstos, para dar início aos trabalhos do dia, às 7h30. Pouco depois de passar pelo 20º andar, porém, o elevador que os levava soltou-se da estrutura instalada do lado externo da construção, despencando em queda livre. Era a terceira viagem do equipamento no dia. Todos os ocupantes da cabine morreram na hora.
Ainda não se sabe o que causou o acidente. Agentes do Departamento de Polícia Técnica, que periciaram o local pela manhã, afirmam que a análise preliminar aponta falha mecânica no elevador. A principal suspeita é que uma peça responsável pela tração dos cabos tenha se partido, fazendo com que o equipamento ficasse sem sustentação.
O laudo da perícia, porém, só deve sair em 30 dias. Caso seja comprovada imprudência ou imperícia, o responsável pode responder por homicídio culposo (sem intenção) , afirmou a delegada Jussara Souza, da 16ª Delegacia de Salvador.
Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção e da Madeira da Bahia (Sintracom-BA), José Ribeiro, o acidente revela descuido com o equipamento. Houve falta ou falha na manutenção do elevador , afirma. É claro que um elevador em condições perfeitas não cai desse jeito. É mais uma mostra de que as empresas não estão preocupadas com a segurança dos trabalhadores. Fiscais do Ministério Público do Trabalho também estiveram no local e afirmaram que o equipamento tem tecnologia defasada. O projeto deste elevador está muito ultrapassado, não poderia mais ser considerado dentro das normas de segurança , afirmou o fiscal Flávio Nunes.
Para o presidente da construtora, Manuel Segura Martinez, não houve falta de manutenção. Eu mesmo usava esse elevador todos os dias , disse. Funcionários da obra corroboram com a versão do empresário. Na semana passada, o elevador foi vistoriado , afirma o carpinteiro José Alves Pinto. Trocaram até um dos cabos. Em nota, a empresa informou que o equipamento estava funcionando dentro dos parâmetros de segurança e em perfeito estado de conservação .
As obras no canteiro foram paralisadas por tempo indeterminado, preventivamente, pela Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom). De acordo com o órgão, porém, a construção tem todas as licenças e alvarás regulares.
Durante a tarde, integrantes da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), do Sintracom e da Federação dos Trabalhadores na Indústria da Construção e da Madeira no Estado da Bahia (Fetracom-BA) promoveram uma manifestação em frente à sede da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego da Bahia, no Centro de Salvador, para reivindicar mais fiscalização nas normas de segurança dos canteiros de obras no Estado."
Nenhum comentário:
Postar um comentário