"Os bancários vão reivindicar um aumento real de 5%, além da reposição das perdas com a inflação acumulada em 12 meses, na campanha salarial deste ano. Para uma estimativa de inflação acumulada de 7,5% até agosto, a categoria quer um reajuste de 12,8%.
Além da correção dos salários, os bancários querem participação nos lucros equivalente a três salários, acrescidos de R$ 4.500 fixos para casa funcionário, valorização do piso e aumento nos vales refeição e alimentação.
Os trabalhadores exigem ainda plano de cargos e salários e reafirma a necessidade de acabar com as metas abusivas e com a prática do assédio moral.
A pauta de reivindicações da categoria, cuja data base é 1º de setembro, deverá ser entregue à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) no dia 12 de agosto.
"Os bancos, setor mais rentável do País, têm total condição de atender a todas as nossas reivindicações", diz o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Bancário (Contraf-CUT), Carlos Cordeiro.
O sindicalista argumenta que só no primeiro trimestre deste ano os cinco maiores bancos do País lucraram, juntos, R$ 12,084 bilhões, o que representa aumento de 17,1% em relação ao mesmo período do ano passado.
O diretor de negociações trabalhistas da Fenaban, Magnus Apostólico, diz que ainda é cedo para falar de números, mas já descarta a possibilidade de o setor conceder o aumento real de 5% pedido pelos trabalhadores.
"A gente sabe que é impensável um acordo com esse porcentual de aumento real com uma inflação em torno de 7%", afirma Apostólico.
Para o presidente da Contraf-CUT, as negociações salariais sempre são difíceis com representantes dos bancos, que este ano têm uma ajuda de peso. "Estamos vendo uma articulação do Banco Central com a Fenaban que não existia em anos anteriores", diz Cordeiro. O BC tem reiterado que os reajustes salariais podem representar forte pressão para a inflação.
"Salário não gera inflação e vamos buscar aumento real", afirma o sindicalista."
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