"SÃO PAULO. Depois da greve de 37 dias na fábrica da Volkswagen de São José dos Pinhais (PR), agora é a vez de os metalúrgicos do setor de autopeças cruzarem os braços por uma maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Paralisada há quatro dias, a Bosch de Curitiba, que produz bombas injetoras para motores a diesel, teve sua última proposta rejeitada pelos 4.600 funcionários da fábrica. Ontem, a empresa subiu a oferta de R$4.800 para R$6 mil, se forem atingidas 100% das metas, com antecipação de R$5.200 no pagamento em 1º de julho. Os trabalhadores, que reivindicam R$9 mil para 100% das metas, fazem nova assembleia na manhã de hoje para decidir se aceitam ou não a proposta da Bosch.
- A nova proposta seria razoável no início do movimento. Agora, com todos esses dias para descontar, não é interessante para os trabalhadores - avaliou Sergio Butka, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Curitiba e Região.
Negociações sobre PLR têm sido tranquilas em São Paulo
O sindicalista acredita que a proposta da empresa de descontar os dias parados do salário de junho será rejeitada pelos trabalhadores.
Para o sindicato, o valor de R$9 mil reivindicado pelos metalúrgicos da Bosch representa a média das PLRs pagas por companhias de autopeças na região. Em São José dos Campos (SP), pouco menos da metade das 71 empresas do setor já fecharam valores para a PLR. A maior parte, no entanto, ainda negocia propostas para a PLR, mas em clima de tranquilidade. Segundo os sindicalistas, a luta deve se intensificar a partir desta semana, com assembleias e paralisações para forçar propostas patronais mais próximas das reivindicações.
Na região do ABC paulista, onde estão localizadas cerca de 90 indústrias de autopeças, a situação também é de tranquilidade, com problemas isolados, que são resolvidos por empresa. Na sexta-feira passada, das dez assembleias realizadas para aprovar propostas de PLR, oito acabaram dando aval às propostas apresentadas pelas empresas, segundo informou o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Em Campinas e região, os metalúrgicos estão fazendo paralisações por empresa desde maio para conseguir valores maiores para as PLRs deste ano."
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