“Autor(es): Júlia Pitthan | De Florianópolis |
|
Antonio Gavazzoni está satisfeito com o seu primeiro trimestre à frente das Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc). Com bons resultados colhidos da gestão anterior - que representaram um lucro líquido de R$ 273,5 milhões, crescimento de 120% sobre 2009 - e os ânimos mais calmos entre os acionistas minoritários, o presidente se prepara agora para ampliar os investimentos em geração. Atualmente, apenas 1% da receita operacional bruta da companhia - que em 2010 foi de R$ 6,2 bilhões - vem da área de geração de energia. Apesar da fatia magra, a geração representou 8% do lucro da companhia no mesmo período. A Celesc conta com 12 usinas que geram cerca de 82 megawatts (MW), volume pequeno se comparado, por exemplo, com a vizinha Copel, no Paraná, que detém 4.550 MW em capacidade de geração em usinas próprias. No plano de investimentos aprovado pelo conselho de administração no fim de março, R$ 55,1 milhões serão destinados, em 2011, para o segmento de geração. O projeto prevê que 51,69%, ou R$ 28,5 milhões, sejam aplicados em ampliação do parque gerador, mas o volume é pequeno para alcançar a meta do presidente: ampliar dos atuais 82 MW para 300 MW a capacidade instalada. Segundo o presidente, a Celesc criou um comitê interno para discutir a melhor maneira de atrair recursos que permitam atingir essa capacidade. A proposta mais viável, depois que a equipe consultou cerca de 15 formadores de mercado, é a criação de uma nova empresa, em que o Estado deveria abrir mão do controle acionário para atrair um investidor privado. "O mundo todo está investindo em geração. A gente precisa ser ousado, mas agir com inteligência, usar esse assunto da geração de energia para alavancar todo o grupo Celesc", defende Gavazzoni. Apesar de estar "trabalhando com muita pressa", nas palavras do presidente, a expectativa é que a nova empresa só ganhe sustentação em um ano. A saída legal mais viável, na visão de Gavazzoni, é constituir uma sociedade de propósito específico. A empresa partiria do patrimônio das 12 usinas próprias da Celesc, o que pode representar algo em torno de R$ 500 milhões. Segundo o diretor de relações institucionais e com investidores da Celesc, André Rezende, há um potencial muito grande para expansão das atuais usinas sem impactos ambientais grandes. Algumas delas foram inauguradas no começo do século passado. A mais antiga, a Usina Piraí, em Joinville, iniciou a operação em 1908. Segundo Rezende, haveria necessidade de uma modernização dos equipamentos para ampliar a capacidade de geração. Com a nova empresa, sem controle estatal, a companhia teria condições de captar recursos junto ao BNDES para investir em modernização. Há projetos de repotencialização e ampliação para oito das 12 usinas atuais, o que representaria um acréscimo de 101,1 MW na capacidade da Celesc. Entre eles, a centenária Usina do Piraí que passaria dos atuais 780 kilowatts (KW) para 2 MW. Segundo Rezende, o projeto de repotencialização das usinas está sendo, atualmente, financiado com recursos próprios. Conforme o diretor, o custo da Celesc Geração para cada novo megawatt é estimado em R$ 5 milhões. Ou seja, o custo de implantação de todo o projeto de repotencialização estaria orçado em R$ 500 milhões. A estratégia de buscar um parceiro privado aceleraria o processo de repontecialização do parque e permitiria à Celesc ganhar musculatura para competir no mercado nacional de geração e, inclusive, investir em projetos fora do Estado. Além do parque, a companhia também participa com sociedades de propósito específico em nove usinas em Santa Catarina. Gavazzoni diz que o objetivo é também ampliar participações desta natureza.” Siga-nos no Twitter: www.twitter.com/AdvocaciaGarcez Cadastre-se para receber a newsletter da Advocacia Garcez em nosso site: http://www.advocaciagarcez.adv.br |
Páginas
- Início
- Quem somos
- Atuação da Advocacia Garcez
- Eventos
- Direitos Humanos
- Água e Saneamento Básico
- Telecomunicações
- Movimento Sindical
- Comerciários
- Eletricitários
- Bancários
- Terceirização
- Trabalho Infantil
- Trabalho Escravo
- Saúde do Trabalhador
- Segurança do Trabalho
- Jurisprudência
- Mercado de Trabalho
- Corporações
- Processo Legislativo
- Contato
segunda-feira, 4 de abril de 2011
“Celesc vai criar companhia para crescer em geração” (Fonte: Valor Econômico)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário