"O próximo presidente do Paraguai irá arbitrar quem terá a primazia para explorar a disponibilidade energética do país nos próximos vinte anos: a fabricante de alumínio Rio Tinto Alcan ou a indústria brasileira "maquiladora", sobretudo nos setores têxtil e de autopeças.
Este mês, a FIESP realizou um seminário exatamente para estudar a diminuição de custos que representaria triangular parte da produção para a economia paraguaia. A energia barata é um dos maiores atrativos do país, ao lado de impostos mais baixos e um mercado laboral com baixos salários e pequeno índice de sindicalização.
A Rio Tinto Alcan, conglomerado australiano-canadense, está disposta a investir US$ 3,5 bilhões para a implantação de um complexo que consumiria cerca de 9.600 GWh por ano. O consumo elétrico de todo Paraguai hoje é de 11 mil GWh anuais.
O Paraguai tem direito a utilizar 55 mil GWh por ano das usinas binacionais de Itaipu, com o Brasil, de Yaciretá, com a Argentina, mas não o faz. Assim, acaba revendendo a parte que não utiliza para os dois países, por falta de linhas de transmissão para a exploração do potencial.
Uma linha de transmissão de 500 kV ligando Itaipu a Villa Hayes, na região metropolitana de Assunção, deve entrar em funcionamento este ano. Para a fábrica da Rio Tinto, seria necessária a construção de outras duas linhas de transmissão exclusivas..."
Íntegra: Valor Econômico
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