quarta-feira, 3 de abril de 2013

Eletrobras acelera plano de demissão (Fonte: Valor Econômico)


"A Eletrobras aguarda a aprovação do Ministério do Planejamento para implementar o programa de demissão voluntária do grupo. Segundo o diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Armando Casado, o aval do ministério deve sair até o fim do mês. O plano já conta com a aprovação da diretoria da Eletrobras e do Ministério de Minas e Energia.
"Já padronizamos o programa de demissão em todas as empresas do grupo", disse Casado, em teleconferência com analistas e investidores sobre os resultados da Eletrobras em 2012 e o plano diretor de negócios e gestão 2013-2017, que prevê redução de custos de 30% no período.
Segundo Casado, o Ministério do Planejamento exigiu a elaboração de um contrato de metas e ajustes com relação a gestão dos funcionários. Entre os itens, está a realocação de pessoas entre empresas do grupo Eletrobras.
Na última semana, o presidente da estatal, José da Costa Carvalho Neto, afirmou que a companhia prevê o desligamento de 4 mil a 5 mil funcionários que recebem mais de 50% acima da média salarial. A estatal possui hoje 27 mil empregados.
Durante a teleconferência, Casado também disse que não seria "lógico" discutir uma possível privatização das distribuidoras do grupo neste momento, porque ainda é preciso definir o processo de prorrogação das concessões desses ativos. As concessões das seis distribuidoras da Eletrobras (Amazonas, Rondônia, Acre, Roraima, Alagoas e Piauí) vencem em julho de 2017.
A companhia vai contratar uma empresa de consultoria para elaborar o plano de reestruturação do negócio de distribuição do grupo. A expectativa é apresentar um resultado do trabalho em 90 dias. Conhecidas pelo histórico operacional e financeiro ruim, as distribuidoras da Eletrobras fecharam 2012 com prejuízo de R$ 1,331 bilhão.
O plano diretor da estatal também prevê investimentos de R$ 52,4 bilhões até 2017. Segundo Casado, como a relação dívida líquida/Ebitda da empresa está elevada, os novos financiamentos que a companhia irá tomar serão feitos com garantia da União. O objetivo é obter um menor custo de captação de recursos para novos investimentos."

Fonte: Valor Econômico

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