"Militares são condenados por crimes durante ditadura argentina.
Onze militares da reserva do Exército e três ex-policiais federais vão cumprir pena de aproximadamente 18 anos de prisão
Marcos Nunes Carreiro
Nesta quarta-feira (12/9), o Tribunal Oral Federal da cidade de Bahia Blanca, no Sul da Argentina, condenou à prisão perpétua 14 dos 17 militares da reserva e ex-policiais por crimes contra a humanidade cometidos durante a ditadura militar (1976-1983). Os crimes aconteceram contra 90 pessoas sob a jurisdição do V Corpo do Exército. Onze eram do Exército e os outros três da Polícia Federal, mas todos deverão cumprir pena em regime comum no Serviço Penitenciário Federal.
A pena máxima (18 anos) foi dada para os oficiais da reserva general Juan Manuel Bayón de 84 anos; os coronéis Mario Caros Antonio Méndez, 58 anos, Jorge Enrique Mansueto Swendsen, 79, Jorge Aníbal Masson, 58, Hugo Caros Fantoni, 82, Norberto Eduardo Condal de 67 e Caros Alberto Taffarel de 64; os tenentes-coronéis Osvaldo Bernardino Páez, 80, Walter Bartolomé Tejada, 81, e Jorge Horacio Granada, de 65; além do major Hugo Jorge Delme, 75, e do policial federal Carlos Contreras, de 64 anos.
Fora esses, os integrantes do Serviço Penitenciário Bonaerense, Héctor Luis Selaya, de 69 anos e Reynaldo Miraglia, de 69, foram condenados a cumprir pena de 17 anos e seis meses de prisão. Os réus foram condenados pelos crimes de privação ilegal de liberdade, tortura e homicídio em um campo de detenção clandestino instalado em Bahia Blanca. As 14 pessoas condenadas foram acusadas de envolvimento com 90 pessoas levadas ao campo denominado La Escuelita (A Escolinha, em português).
A estimativa é que cerca de 30 mil pessoas desapareceram ou foram mortas durante a ditadura na Argentina."
Nenhum comentário:
Postar um comentário