"A Comissão da Verdade solicitou ao Juízo de Registros Públicos de São Paulo uma correção no atestado de óbito do jornalista Vladimir Herzog, morto em 1975 durante a ditadura militar. No documento deverá constar que a morte ocorreu devido a "lesões e maus-tratos sofridos durante interrogatório em dependência do 2º Exército (DOI-Codi)" e não por "asfixia mecânica", como está no laudo necroscópico. A recomendação foi feita nessa quinta-feira, 30, atendendo ao pedido da viúva Clarice Herzog.
Os membros da comissão foram unânimes, e além de alteração no atestado de óbito decidiram analisar pela possível solicitação para a reabertura da investigação para apurar as responsabilidades do caso. Ainda está em vigor a determinação do juiz federal Márcio José de Moraes, que em 1978 resolveu pela abertura de um inquérito policial militar para apurar as circunstâncias e os autores da morte de Herzog. Sua sentença afirmava que a União não havia conseguido provar a tese do suicídio. As informações são da Folha de S. Paulo.
Depois de ter sido procurado por agentes da repressão na TV Cultura, onde trabalhava como diretor de jornalismo, Vlado compareceu ao Destacamento de Operações de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), do Exército. Ele foi encontrado morto após ser torturado e enforcado numa cela. Na época, o regime declarou que o jornalista teria cometido suicídio."
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