"O ator norte-americano Danny Glover reuniu-se na semana passada com trabalhadores da filial da Nissan, na cidade de Canton, no Mississipi, para apoiar o movimento de filiação dos metalúrgicos à International Union, United Automobile, Aerospace and Agricultural Implement Workers of America (UAW - Sindicato dos Trabalhadores do Setor Automobilístico, Aéreo e da Agricultura dos Estados Unidos). Glover defendeu o direito de sindicalização dos metalúrgicos, que encontram dificuldade em ter um sindicato que os defenda. “Eu estou aqui para ser uma parte do que vocês estão fazendo. Vocês não estão sozinhos”, disse o astro de cinema aos trabalhadores, segundo informou o Jackson Free Press, jornal norte-americano. A reunião ocorreu no escritório da UAW, em Canton.
A luta em Canton é para assegurar uma eleição na fábrica da Nissan de 3.300 trabalhadores, em que eles decidirão se desejam ou não terem um sindicato para representá-los. Isso ocorre porque nos Estados Unidos a sindicalização é por local de trabalho e só pode existir após uma votação de todos os trabalhadores de uma empresa, como se fosse um plebiscito. A maior dificuldade, segundo os sindicalistas da UAW que estiveram no Brasil, em julho, para o Congresso Nacional da CUT, é chegar à votação.
Glover faz parte do esforço global da UAW para garantir a sindicalização das plantas industriais da Nissan e outras montadoras não sindicalizadas nos Estados Unidos. Em entrevista à Rede Brasil Atual, o presidente do sindicato, Bob King, afirmou que cinco montadoras asiáticas não sindicalizadas nos Estados Unidos – Nissan, Toyota, Honda, Hyundai e Kia – têm condutas antissindicais e de violação de direitos. "A questão não é porque são todas asiáticas, é porque são empresas onde a gente não consegue vislumbrar uma mudança significativa de comportamento”, apontou King. Outras três montadoras não sindicalizadas, de origem alemã – BMW, Mercedes Benz e Volkswagen –, estão melhorando a conduta com os trabalhadores no país graças à pressão dos sindicatos alemães e das comissões de fábrica dessas empresas.
As corporações criam obstáculos e manobras legais para evitar a criação de um sindicato. Conforme King, as empresas pressionam e ameaçam os trabalhadores para que votem contra a representação sindical. “Na Nissan, por exemplo, eles colocam todos os técnicos em uma sala e fazem mesas redondas em que os gerentes projetam fábricas fechadas, portões com correntes de fábricas que foram fechadas porque seriam sindicalizadas”, disse um metalúrgico que esteve no Brasil e prefere não ser identificado.
Na reunião com os metalúrgicos da Nissan e sindicalistas da UAW, Glover disse que está falando sobre os problemas em Canton em aparições na televisão. “Nós nunca estamos sozinhos. As pessoas precisam saber que não precisam ter medo”, disse aos trabalhadores.
Para enfrentar práticas antissindicais e violações aos direitos dos metalúrgicos norte-americanos, a UAW está criando um escritório no Brasil. Também deve contar com o auxílio de sindicatos de outros países. A intenção é atuar de forma global para pressionar as empresas a aceitarem a sindicalização dos trabalhadores e negociar melhores condições de trabalho, nas fábricas nos Estados Unidos.
A UAW pretende divulgar mundialmente os problemas nas montadoras não sindicalizadas em seu país para sensibilizar os consumidores. “Eles gastam bilhões cuidando das suas marcas, convencendo o consumidor que eles produzem veículos bons. Uma vez que não nos deixam atuar na defesa dos direitos dos trabalhadores, vamos tentar rotulá-los, em âmbito global, como violadores de direitos humanos dos trabalhadores”, anunciou King."
A luta em Canton é para assegurar uma eleição na fábrica da Nissan de 3.300 trabalhadores, em que eles decidirão se desejam ou não terem um sindicato para representá-los. Isso ocorre porque nos Estados Unidos a sindicalização é por local de trabalho e só pode existir após uma votação de todos os trabalhadores de uma empresa, como se fosse um plebiscito. A maior dificuldade, segundo os sindicalistas da UAW que estiveram no Brasil, em julho, para o Congresso Nacional da CUT, é chegar à votação.
Glover faz parte do esforço global da UAW para garantir a sindicalização das plantas industriais da Nissan e outras montadoras não sindicalizadas nos Estados Unidos. Em entrevista à Rede Brasil Atual, o presidente do sindicato, Bob King, afirmou que cinco montadoras asiáticas não sindicalizadas nos Estados Unidos – Nissan, Toyota, Honda, Hyundai e Kia – têm condutas antissindicais e de violação de direitos. "A questão não é porque são todas asiáticas, é porque são empresas onde a gente não consegue vislumbrar uma mudança significativa de comportamento”, apontou King. Outras três montadoras não sindicalizadas, de origem alemã – BMW, Mercedes Benz e Volkswagen –, estão melhorando a conduta com os trabalhadores no país graças à pressão dos sindicatos alemães e das comissões de fábrica dessas empresas.
As corporações criam obstáculos e manobras legais para evitar a criação de um sindicato. Conforme King, as empresas pressionam e ameaçam os trabalhadores para que votem contra a representação sindical. “Na Nissan, por exemplo, eles colocam todos os técnicos em uma sala e fazem mesas redondas em que os gerentes projetam fábricas fechadas, portões com correntes de fábricas que foram fechadas porque seriam sindicalizadas”, disse um metalúrgico que esteve no Brasil e prefere não ser identificado.
Na reunião com os metalúrgicos da Nissan e sindicalistas da UAW, Glover disse que está falando sobre os problemas em Canton em aparições na televisão. “Nós nunca estamos sozinhos. As pessoas precisam saber que não precisam ter medo”, disse aos trabalhadores.
Para enfrentar práticas antissindicais e violações aos direitos dos metalúrgicos norte-americanos, a UAW está criando um escritório no Brasil. Também deve contar com o auxílio de sindicatos de outros países. A intenção é atuar de forma global para pressionar as empresas a aceitarem a sindicalização dos trabalhadores e negociar melhores condições de trabalho, nas fábricas nos Estados Unidos.
A UAW pretende divulgar mundialmente os problemas nas montadoras não sindicalizadas em seu país para sensibilizar os consumidores. “Eles gastam bilhões cuidando das suas marcas, convencendo o consumidor que eles produzem veículos bons. Uma vez que não nos deixam atuar na defesa dos direitos dos trabalhadores, vamos tentar rotulá-los, em âmbito global, como violadores de direitos humanos dos trabalhadores”, anunciou King."
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