"Depois da crise envolvendo a petroleira YPF, que acabou estatizada, o mercado argentino se volta para o setor de distribuição de energia e gás. A intervenção estatal no setor tornou-se um cenário provável após a divulgação de prejuízos grandes das empresas em 2011, atribuídos ao congelamento das tarifas. Ontem, as ações da Edenor, a principal distribuidora de energia elétrica, subiram 22% na Bolsa de Buenos Aires, após terem perdido 64% em um ano.
As empresas pressionam por reajuste de tarifas e usam as negociações salariais como instrumento para apressar uma solução. Nas primeiras reuniões com os eletricitários, rejeitaram qualquer reajuste de salário. O conflito trabalhista pode comprometer a operação do sistema, em caso de greve.
A dimensão do prejuízo das empresas em 2011 afasta a expropriação como saída mais provável para o impasse. No caso da Edenor, as perdas quintuplicaram, passando do equivalente a US$ 18,8 milhões a US$ 101,2 milhões. A situação é ainda pior na Edesul, empresa que tem a brasileira Petrobras como acionista minoritária e cujo prejuízo passou de US$ 13,4 milhões para US$ 107,2 milhões.
"No caso da YPF, tínhamos uma empresa acusada de não investir, mas que tinha caixa. Agora, as empresas estão com perdas operacionais provocadas pelo governo", disse Ruben Pasquale, analista da corretora Mayoral.
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Íntegra disponível em http://www.valor.com.br/internacional/2650924/argentina-pode-intervir-no-deficitario-setor-eletrico
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