Os partidos que já informaram sobre os deputados candidatos foram DEM, PPS, PSDB, Psol, PCdoB, PSC, PSB, PRB e PDT.
Os deputados são pré-candidatos, ou seja, disputam dentro dos partidos ou coligações o direito de concorrer a prefeito em 7 de outubro de 2012. É o caso, por exemplo, do deputado Ricardo Tripoli (PSDB-SP), que disputa uma vaga de candidato a prefeito com os secretários estaduais Andrea Matarazzo, Bruno Covas e José Aníbal.
Outro caso ocorre em Salvador, com uma disputa à prefeitura que provavelmente oporá vários colegas de Câmara. Os deputados Nelson Pellegrino (PT), Antonio Imbassahy (PSDB), Alice Portugal (PCdoB), Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM), Marcos Medrado (PDT) e Márcio Marinho (PRB) são pré-candidatos à prefeitura da capital baiana.
Carreira política
O cientista político e pesquisador da Universidade de Brasília (UnB) Lúcio Rennó explica que, no Brasil, entre 15% e 20% dos parlamentares federais concorrem a prefeito.
Ele explica que isso ocorre por dois fatores. Primeiro, o parlamentar que disputa a prefeitura não corre o risco de perder o mandato de congressista, o que facilita a decisão de concorrer. Além disso, segundo Rennó, a preponderância do Executivo na elaboração das políticas públicas permite que o político no exercício da prefeitura de uma cidade com grande orçamento imprima a sua marca, o que não conseguiria fazer como deputado federal.
As pré-candidaturas esquentam os termômetros das eleições municipais, mas não definem o cenário da disputa, que só estará completamente decidido em 5 de julho, último dia para os partidos registrarem nos cartórios eleitorais os seus candidatos a prefeito, vice-prefeito e vereador. Até lá, cada partido vai definir seus candidatos, fazer alianças em torno de coligações e alguns deputados, hoje pré-candidatos, poderão desistir da disputa.
Restrições
Apesar de nem todos os deputados concorrerem nas eleições de 2012, a Câmara impõe restrições a todos no uso da Cota para Exercício da Atividade Parlamentar. A partir de 10 de abril deste ano, 180 dias antes do pleito, fica proibido o uso dessa verba para qualquer ação de divulgação da atividade parlamentar. A intenção é evitar o uso da máquina administrativa para fins eleitorais.
Lúcio Rennó avalia, no entanto, que essa medida não é suficiente. Para ele, o ideal seria uma reforma eleitoral que obrigasse o deputado a renunciar ao cargo para concorrer às eleições. "Antes de abril, as vantagens dos candidatos deputados são claras e relevantes. Para eles, o pontapé inicial da campanha ocorre antes e com mais ímpeto do que para os demais competidores", critica.
Reportagem – Carol Siqueira
Edição - Juliano Pires"
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