Valor Econômico - 15/02/2012
A diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou ontem o edital de licitação de novos empreendimentos de geração de energia elétrica que vão começar a operar no prazo de até três anos. O leilão, marcado para 22 de março, se destina à compra de energia proveniente de usinas hidrelétricas, eólicas e termelétricas movidas a gás natural ou a biomassa, que utiliza o bagaço de cana e outros resíduos.
O diretor da Aneel, Julião Coelho, prevê um novo sucesso dos parques eólicos no leilão, a exemplo do que ocorreu nas últimas licitações promovidas pela agência. Ele explica que há o fator de "conjuntura" e inovação técnica que tem tornado a fonte eólica bastante competitiva no país.
"O Brasil tem aproveitado o cenário que o favorece", disse o diretor após a aprovação do edital. Ele ressaltou que muitos fornecedores de equipamentos, que investiam na Europa, estão vindo buscar mercado no Brasil. O resultado, segundo o diretor, é a queda brusca do custo dos equipamentos.
Até o final de 2011, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) cadastrou 598 projetos para o leilão. Foram contabilizados 25,8 mil megawatts (MW) de capacidade para atender o mercado a partir de 2015. De todos os empreendimentos cadastrados, 524 projetos de geração são de fonte eólica (13,1 mil MW de potência). A fonte que registrou o segundo maior volume de capacidade de geração foi o gás natural, com 10,3 mil MW de potência e 26 projetos.
Os empreendimentos cadastrados pela EPE ainda terão que passar pelo processo de habilitação. Para as termelétricas a gás natural será exigido comprovação, por contrato, da garantia de fornecimento do combustível.
O edital definiu os limites de preço da energia negociada no leilão. O preço-teto da energia para as usinas hidrelétricas e pequenas centrais hidrelétricas (PCH) foi fixado em R$ 112 o megawatt/hora (MWh). O mesmo preço foi estabelecido para as usinas eólicas e as termelétricas pelo critério de disponibilidade. O custo máximo da energia elétrica dos projetos de ampliação de hidrelétricas existentes ficou em R$ 82 MWh."
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