segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Vitória dos educadores no Paraná (Fonte: APP-Sindicato)

"Uma das definições retiradas na negociação entre a APP-Sindicato e o governador em exercício Flávio Arns no último dia 30 - Dia de Luto e de Luta da Educação do Paraná -, foi a realização de uma reunião de uma comissão mista (formada por sindicato e governo) para rever, caso a caso, todos as determinações de fechamento de turmas. O levantamento ocorreu nesta quinta-feira (1º), na sala da Superintendência da Educação no prédio da Secretaria de Estado da Educação (Seed), em Curitiba. Durante todo o trabalho, o sindicato manteve a posição de não concordância com o fechamento de turmas, especialmente em virtude dos transtornos que a medida vem provocando nas escolas.
Participaram, pela APP, os diretores Janeslei Aparecida Albuquerque (Educacional), Edilson Aparecido de Paula (Municipais), Isabel Catarina Zollnër (Formação Político Sindical) e Luiz Carlos Paixão da Rocha (Imprensa e Divulgação). O deputado estadual, e ex-presidente da APP, Professor Lemos, também acompanhou a reunião. Pela Secretaria estavam presentes a superintendente da Educação Meroujy Cavet, o chefe do Grupo de Recursos Humanos Setorial (GRHS) Arnaldo Moreira, o chefe do Núcleo Regional de Educação de Curitiba Maurício Porto dos Santos, além dos técnicos: Maria Cristina Theobald, Ivanilda Gomes, Cibele Lacerda, Sandra Regina da Silva e Alexandre Roger Pereira Barbosa.
Antes de iniciar a análise dos documentos, a superintendente da Educação informou que das 57 mil turmas existentes no Estado, 3.200 estariam fora dos parâmetros contidos na resolução nº 864/2001 que define, entre outras coisas, o número de alunos por sala de aula. Apesar disto, explicou Meroujy, o número encaminhado para fechamento seria de 211 turmas. A justificativa, afirmou, seria o objetivo de "otimizar espaços para que os alunos fiquem mais tempo nas escolas". Ela também voltou a negar que exista qualquer intenção de demissão ou diminuição de salários de professores. "Estamos solicitando à Secretaria de Administração e Previdência mais 200 mil horas para contratação de professores. Assim, não faz sentido dispensar quem já está conosco", afirmou.
Apesar das explicações, a direção do sindicato voltou a destacar a grande quantidade de reclamações recebidas de escolas de todo o Estado. A secretária Educacional da APP, professora Janeslei, lembrou que nas negociações com a APP, a Secretaria havia garantido que a decisão do fechamento de turmas não seria reduzida ao aspecto técnico. Teria que ser discutida e apoiada pela comunidade (escola, educadores, alunos e pais). Além disso, explicou o secretário de Imprensa da APP, professor Luiz Carlos Paixão da Rocha, existiu casos de escolas que enviaram justificativas plausíveis e que, aparentemente, foram ignoradas. Ele também relatou o mal-estar causado por um comunicado da Seed que determinava o dia de ontem - 1º de setembro - como limite para efetivação das mudanças.
O critério que norteou o debate na reunião foi o da não criação de salas superlotadas. Após a avaliação conjunta, e da intervenção sistemática da APP, o fechamento de diversas turmas foi revertido. No Núcleo Regional de Jacarezinho, por exemplo, existia o indicativo da junção de 32 turmas. Após a análise, ficou em nove. No município de Cambará não ocorrerá nenhum fechamento. Em Curitiba, inicialmente o relatório apontava o fechamento de 311. Após a apresentação das justificativas das escolas, passou para 81. Com a atuação da APP ficou em 57. Ao final da reunião, a APP solicitou que antes de efetuar qualquer fechamento, a Secretaria se reúna com as escolas para discutir a medida nos locais."

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