Em mais uma mobilização histórica, os trabalhadores paralisaram a Copasa neste dia 12 de julho, intensificando a luta por um acordo coletivo onde estejam garantidos os pontos vitais apontados na pauta de reivindicações da categoria.
A rua Mar de Espanha voltou a se transformar numa tarde de alegria, bandeiras, fogos e centenas de trabalhadores parados, com a presença de companheiros que se deslocaram de todos os distritos da empresa na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Também no interior, a paralisação dos trabalhadores foi coberta de sucesso, em um movimento ordeiro e responsável para alcançarmos uma proposta melhor e um acordo coletivo justo.
Durante a manifestação, os dirigentes sindicais do Sindágua, do Senge-MG e do Saemg disseram que a prioridade da Copasa não é o saneamento, mas a distribuição de lucros para os acionistas e o aumento no número de diretorias. Atualmente, a Copasa tem 14 diretorias, o dobro de empresas maiores como Cemig e Petrobras.
"Trabalhadores e trabalhadoras, vocês estão de parabéns. A força do sindicato são vocês na rua", disse o 2º vice-presidente do Senge-MG, Nilo Sérgio Gomes. O presidente do Senge-MG, Raul Otávio Pereira, também parabenizou os trabalhadores e ressaltou a importância da mobilização de todos para conseguir avanços na negociação. “Para atender o público, (a Copasa) tem que ter funcionário bem pago.”
A empresa chegou a apresentar ao sindicato no meio da paralisação uma proposta formal de opção de reajuste salarial pelo INPC integral (6,3%) e 1,5%, que elevariam a GDI de 12% para 13,5%. Esta proposta foi vaiada pelos trabalhadores durante sua leitura pela direção sindical.
Ministério público cobra proposta da empresa
Todos os trabalhadores se deslocaram em passeata até a sede do Ministério Público do Trabalho (MPT), onde estava programa audiência entre o Sindágua, Senge-MG e Saemg com a representação da Copasa. A empresa enviou apenas três advogados, sendo que um deles se atreveu a contestar o tamanho do movimento, informando à procuradora que havia apenas 100 trabalhadores na porta da Regional.
O MPT marcou nova audiência para a próxima sexta-feira (15), intimando as partes ao comparecimento e sugerindo à empresa que formalizasse proposta que compatibilize os interesses para fechamento do acordo.
O Sindágua realizou assembleia na porta do MPT, decidindo-se que todos deveriam voltar ao trabalho nesta quarta-feira (13), e marcando nova assembleia para o próximo dia 19 em todo o Estado, quando espera-se avaliar proposta da empresa para eventual aprovação ou decidir a continuidade do movimento grevista por tempo indeterminado.
O Sindágua passará todas as orientações necessárias para os trabalhadores, além de uma análise pormenorizada da proposta da empresa, que esperamos, seja melhorada na reunião do MPT na próxima sexta-feira. Veja o documento do Ministério Público do Trabalho na página do Sindágua na Internet (www.sindagua.com.br)."
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