"Categoria entrega proposta de negociação à Fiesp e diz que não aceita discurso do governo
SÃO PAULO. Os metalúrgicos, que entrarão em campanha salarial, vão pedir, além da reposição da inflação, aumentos reais. Em 2010, esse percentual chegou a quase 4,5%. Eles também pedirão reajuste dos pisos salariais, licença-maternidade de 180 dias, ampliação de direitos sociais e jornada de 40 horas semanais, sem corte de salário. Ao entregar as reivindicações dos trabalhadores à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e ao sindicato patronal de autopeças (Sindipeças), o presidente da Federação dos Sindicatos Metalúrgicos da CUT-SP, Valmir Marques, conhecido como Biro Biro, disse que a categoria não vai aceitar o discurso do governo de que é preciso controlar os salários para evitar a alta da inflação, que está batendo no teto da meta, ou seja, 6,5%.
- Vamos buscar o melhor acordo para a categoria, independentemente do que pensa o BC - disse Marques.
A Federação representa 250 mil trabalhadores de 14 sindicatos no estado, todos com data-base em 1º de setembro.
O diretor do Departamento Sindical (Desin) da Fiesp, Roberto Della Manna, prevê no segundo semestre a continuidade da pressão por reajustes reais. Segundo ele, esses reajustes devem ser repassados aos preços, uma vez que a inflação e a concorrência com importados já comprimiram as margens das empresas."
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