Membros da AUC também perpetraram o deslocamento forçado em 74.990 comunidades e o recrutamento forçado de 3.557 menores. As autoridades judiciais denunciam que os antigos paramilitares cometeram ainda 3.532 casos de extorsão, 3.527 de seqüestros.
O movimento sindical colombiano também tem sido alvo da ação dos paramilitares. Fazendo uso da estrutura do Estado, o grupo assassinou pelos menos 2.778 sindicalistas desde 1986, foi responsável por 196 desaparições forçadas e por mais 11.096 ações de violência – respondendo por mais de 60% dos assassinatos cometidos contra sindicalistas em todo o mundo, “o que constitui um genocídio contra o movimento sindical colombiano”, denuncia Luis Alberto Vanegas, do Departamento de Direitos Humanos da CUT, principal central sindical do país.
A presidente do Partido Pólo Democrático Alternativo, Clara López, assinala que desde agosto, 50 líderes e defensores dos direitos humanos, entre eles pessoas que reivindicavam a restituição de terras, foram assassinados na Colômbia. “O que demonstra a persistência de fenômenos como a parapolítica, o apoio à violência por parte de alguns empresários e multinacionais”, afirma Clara.
“O Estado e o governo colombiano, em união com empresários, multinacionais e setores de direita, agem para ocultar o genocídio desenvolvido por um trabalho diplomático em nível internacional com a finalidade de ignorar que o movimento sindical continua sendo vitimizado, buscando impor o esquecimento à sistemática violência sindical”, denuncia Vanegas."
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