“Familiares das vítimas do regime de Augusto Pinochet presentes na Corte de Justiça em Paris.
REUTERS/Charles Platiau
Doze militares e um civil chilenos, além de um militar argentino, foram condenados na França à revelia pelos crimes de sequestro, tortura e desaparecimento de quatro franceses durante a ditadura de Augusto Pinochet no Chile.A justiça francesa condenou 14 pessoas ligadas à ditadura chilena de Augusto Pinochet a penas entre 15 anos e prisão perpétua. Eles foram condenados pelo desaparecimento de 4 franceses durante o regime ditatorial entre setembro de 1973 e dezembro de 1975.
Um dos principais suspeitos era Manuel Contreras, ex-chefe da polícia secreta do general Pinochet. Ele já foi condenado pela justiça e cumpre pena no Chile. A sentença foi promulgada sem a presença dos acusados.
O processo é simbólico, pois os treze condenados chilenos e 1 argentino não estiveram presentes no processo. Eles responderam por crimes como detenção ilegal e sequestro arbitrário seguido de tortura. O procurador-geral de Paris, François Falletti, na leitura da sentença declarou que esse processo era « indispensável para as vítimas, que sofreram barbaramente, para seus próximos e familiares”.
Todos os acusados estão vivos, têm idades entre 61 e 89 anos e endereço conhecido, mas ficaram livres do julgamento em Paris porque o Chile não aceita pedidos de extradição de seus cidadãos e rejeitou os mandados internacionais de detenção emitidos pelos juízes franceses. Cerca de 30 testemunhas foram ouvidas no processo.
Augusto Pinochet esteve no poder entre 1973 e 1990. Ele havia sido indiciado pela justiça, mas sua morte, em 2006, interrompeu o processo. Ele nunca respondeu na justiça pelos crimes cometidos durante a ditadura militar no Chile.”
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