" Governo britânico é acusado de ser cúmplice em casos de tortura na base
Ex-detentos da prisão militar de Guantánamo estão prestes a receber indenizações do governo britânico, como compensação por torturas supostamente sofridas durante o tempo em que foram mantidos na base localizada em Cuba.
Segundo foi apurado pela BBC, cerca de uma dúzia de ex-presos serão beneficiados com o acordo extrajudicial. Todos entraram com ações na Suprema Corte britânica contra o governo, a quem acusam de cumplicidade em casos de tortura. Bisher al-Rawi, Jamil el Banna, Richard Belmar, Omar Deghayes, Binyam Mohamed e Martin Mubanga são alguns dos beneficiados. Somadas, as indenizações devem chegar a vários milhões de libras.
O gabinete do primeiro-ministro David Cameron informou que o governo deve se manifestar sobre o assunto nesta terça-feira, possivelmente por meio do ministro da Justiça, Ken Clarke.
Segundo o correspondente político da BBC Ross Hawkins, o governo quer evitar os custos processuais e garantir que os termos dos acordos sejam mantidos em segredo - algo desejado tanto pelos ex-presos quanto pelos ministros do governo.
O repórter da BBC diz que cerca de 100 autoridades da inteligência britânica têm trabalhado incessantemente nos últimos dias preparando os processos legais. Liberação de documentos Em julho, a Suprema Corte determinou a divulgação de cerca de 500 mil documentos ligados às acusações. As forças de segurança britânicas sempre negaram ter sido cúmplices de casos de tortura em Guantánamo.
Hawkins afirma que o governo poderá agora prosseguir com seus planos de realizar um inquérito sobre os casos, liderado pelo comissário dos serviços de inteligência, sir Peter Gibson.
"O primeiro-ministro afirmou claramente em seu pronunciamento na Câmara (dos Comuns) em 6 de julho que nós precisamos lidar com a situação totalmente insatisfatória na qual, 'pelos últimos anos, a reputação de nossos serviços de segurança foram eclipsados por alegações sobre seu envolvimento no tratamento de detentos mantidos por outros países'", disse o gabinete de Cameron."
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