"Seis meses de governo Michel Temer se passaram e a situação do Brasil piora a cada dia. Era só tirar a Dilma que a confiança na economia retornaria e o crescimento econômico seria retomado. Não aconteceu! Consumado o golpe, o governo começou a alardear que a crise terá fim se a PEC 55 for aprovada. Será mesmo? Depois desse escândalo que derrubou o ministro Geddel Vieira Lima e agravou a crise política, a única certeza que temos agora é que falta ao presidente moral e credibilidade para tentar impor qualquer sacrifício aos brasileiros.
Os defensores da PEC, que reduz investimentos e programas sociais por 20 anos, insistem que a crise foi originada pela gastança dos governos Lula e Dilma e pelo crescimento explosivo da dívida pública. Não é verdade.
Por dez anos consecutivos (2003/2013) o governo federal fez superávit primário, ou seja, economizou recursos orçamentários (gastou menos que arrecadou) para pagar juros da dívida e diminuí-la em relação ao Produto Interno Bruto. Essa economia anual foi em torno de 3% do PIB. Apenas em 2014 e 2015 tivemos déficit orçamentário, fruto da crise econômica e consequente queda na arrecadação.
A dívida pública brasileira está em trajetória decrescente. Lula baixou de 57,4% para 37,4% do PIB. Dilma de 37,4% para 35,3%. Mesmo considerando um crescimento de 2,9% no último biênio, nossa dívida está num patamar baixo. Assim também ocorre com a dívida bruta, de cerca de 72% do PIB, que também não está descontrolada. Temos de considerar as reservas internacionais e os recursos à disposição do BNDES. Ambos são ativos e devem ser deduzidos da dívida bruta..."
Íntegra: GGN
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