"Brasília – As fragilidades do governo do presidente Michel Temer aumentaram ainda mais hoje (28) com ameaças veladas feitas pelo advogado do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A defesa do ex-presidente da Câmara dos Deputados, que está preso no Paraná por envolvimento na Lava Jato (e arrolou Temer como testemunha dele), apresentou 41 perguntas a serem feitas ao presidente, das quais 21 foram vetadas. Mas as perguntas, aliadas aos pedidos de impeachment contra Temer, a formalização de investigações contra seus ministros e à possibilidade de novas delações a serem feitas pelos executivos da Odebrecht contra peemedebistas nos próximos dias, aumentaram a temperatura na base aliada, alerta para a governabilidade de Temer.
A oposição se prepara para a apresentação de pedidos de impeachment em várias frentes, até o dia 10 de dezembro, mas há quem aguarde o resultado das próximas delações a serem feitas para a Justiça Federal, até o final do ano. O Psol protocolou seu pedido nesta segunda-feira. “O ambiente em Brasília vai ser de nitroglicerina pura nas próximas semanas”, avaliou um líder de partido da base do governo que não quis se identificar.
Dentre as perguntas feitas pela defesa de Eduardo Cunha a Temer, destacam-se as que procuram saber detalhes sobre as relações do presidente da República com alguns dos principais operadores do PMDB, como o ex-diretor da área internacional da Petrobras Jorge Zelada, o lobista do setor de petróleo José Augusto Henriques (os dois, também presos em Curitiba) e o empresário José Yunes..."
Íntegra: RBA
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