"São Paulo – Movimentos sociais organizam amanhã (29) um dia de manifestações com objetivo de impedir a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55. A proposta, que limita os gastos públicos inclusive em áreas essenciais como saúde e educação por 20 anos, aprovada na Câmara sob o número 241, está prevista para ir a votações no Senado nesta terça-feira e no dia 11 de dezembro, em segundo turno. Uma PEC precisa dos votos de 49 (três quintos) de um total de 81 senadores. Os partidos que fazem oposição ao governo Michel Temer tentam barrar a votação. E as organizações populares tentam pressionar os parlamentares.
O Comitê em Defesa da Educação Pública é uma das organizações envolvidas no que está sendo chamado de #OcupaBrasília. O coletivo é formado por entidades que representam profissionais, como a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Educação (CNTE) e Associação Nacional dos Docentes de Ensino Superior (Andes), e alunos, como União Nacional dos Estudantes (UNE) e União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes). As centrais CUT, CTB, Intersindical e CSP-Conlutas também assinam convocação.
Atuam ainda na organização das manifestações as frentes Brasil Popular e Povo sem Medo – esta responsável pelo ato que levou cerca de 40 mil pessoas às ruas de São Paulo neste domingo (27). Ambas as frentes reúnem dezenas de entidades de trabalhadores da cidade e do campo e organizações populares, como de moradia, ambientalistas e atingidos por barragem.
A UNE promove campanha de arrecadação para custear despesas com transporte à capital federal. A entidade informa em sua página na internet que mais de 2 mil estudantes já confirmaram a participação em caravanas. Entidades de professores, como Apeoesp (sindicato dos professores da rede pública do estado de São Paulo) também anunciam o envio de delegações ao ato, que tem encontro marcado para 16h no Museu da República para seguir em caminhada pela Esplanada dos Ministérios até o Congresso..."
Íntegra: RBA
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