"Ele se enxerga como uma espécie de Romário dos velhos tempos: custa caro, joga pouco, mas não perde os clássicos.
Na hora do gol, celebra de uma forma que a torcida jamais vai esquecer, com um disparo de confetes.
É folclórico, mas sabe entrar com as travas altas da chuteira na hora em que é convocado: repetiu na tribuna da Câmara, de forma enfática, que a colega Gleisi Hoffmann, que joga no time adversário, tinha sido chamada de “vaca” em um aeroporto. Saboreou a palavra: “vaca”.
Política no Pará não é para amadores. Aliado do governador Simão Jatene (PSDB) e adversário da família Barbalho — Jader e o filho Helder –, que ajudou a derrotar em 2014, o deputado federal Wladimir Costa (Solidariedade-PA) está acostumado a ser pisado pelos veículos controlados pelo clã adversário — emissoras de TV, rádio e o Diário do Pará.
O folclore do “comedor de maniçoba, bebedor de açaí e cantor de carimbó”, fomentado pelo próprio radialista e homem de TV, é apenas para consumo nacional.
Em casa, quando precisa ele chuta na altura da medalhinha, inclusive os poderosos Barbalho.
Porém, para quem paga a conta longe do Pará, Wlad parece ser apenas um zagueiro grosso e improdutivo, um rombo no orçamento do clube: desde que foi contratado, em 2002, simplesmente não entrou em campo em metade das partidas.
Apenas mais um fanfarrão, estivessemos restritos à metáfora futebolística.
Porém, Wlad parece mais o retrato do baixo clero do Congresso Nacional, com o perdão antecipado das autoridades eclesiásticas.
Desde que assumiu pela primeira vez o mandato, em 2003, quando ainda era do PMDB, o deputado Wladimir Costa faltou 564 vezes em 1383 dias de trabalho. Foram 335 faltas justificadas e 229 não justificadas. Taxa de comparecimento nos 13 primeiros anos de mandato: 56%.
É como se você faltasse dia sim, dia não e mesmo assim fosse recompensado ricamente pelo dono da firma..."
Fonte: Viomundo
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