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sexta-feira, 28 de novembro de 2014
Governo prevê realizar ao menos cinco leilões no primeiro semestre de 2015 (Fonte: Jornal da Energia)
Dentistas poderão ter jornada de quatro horas diárias e 20 horas semanais (Fonte: Câmara dos Deputados)
Presidente da Abert relata sucesso da campanha Trabalho Seguro (Fonte: TST)
Grevista é punido com justa causa por se negar a voltar ao trabalho após acordo (Fonte: TST)
JT afasta alegação de execução e empresa indenizará família de vigilante morto a tiros (Fonte: TST)
Conferente de jogo do bicho não obtém vínculo por ligação com contravenção (Fonte: TST)
quinta-feira, 27 de novembro de 2014
Empregadores que exploravam trabalho escravo são condenados a prisão (Fonte: Brasil de Fato)
Geração de energia solar pode ganhar incentivos fiscais (Fonte: Jornal da Energia)
FIESC promove seminário sobre o uso eficiente de energia na indústria (Fonte: Jornal da Energia)
Honda inaugura primeiro parque eólico da empresa no mundo (Fonte: Jornal da Energia)
Renan garante apoio a pleito da Justiça do Trabalho (Fonte: Senado Federal)
Direitos Humanos debate 20 anos do Fórum de Erradicação do Trabalho Infantil (Fonte: Câmara dos Deputados)
Para OIT, Brasil é referência mundial no combate ao trabalho escravo (Fonte: Câmara dos Deputados)
Catadores querem ser incluídos como segurados especiais da Previdência (Fonte: Câmara dos Deputados)
Após denúncias, terceirizada da Caixa quitará verbas rescisórias (Fonte: MPT-AL)
Empresas deverão cumprir normas de saúde e higiene (Fonte: MPT-PA)
Portal do TST tem área com informações sobre atividades da Vice-Presidência (Fonte: TST)
Itaú é condenado por colocar empregado em ócio forçado e contribuir para AVC (Fonte: TST)
Mantido prazo de 150 dias para que hospital recolha FGTS sem aplicação de multa (Fonte: TST)
quarta-feira, 26 de novembro de 2014
Distribuidoras serão indenizadas em caso de extinção da concessão (Fonte: Jornal da Energia)
Comissão promove hoje seminário sobre trabalho escravo globalizado (Fonte: Câmara dos Deputados)
CCJ pode votar projeto que aumenta chances de emprego para presos do semiaberto (Fonte: Senado Federal)
Entidade se compromete a combater assédio moral (Fonte: MPT-RS)
Manoel Dias lança nova Carteira de Trabalho Digital em Brasília (Fonte: MTE)
Reconhecida revelia de empresa que enviou a audiência preposto que não era empregado (Fonte: TST)
Cuidadora de idosa obtém reconhecimento de vínculo doméstico (Fonte: TST)
Bompreço é condenado por revista discriminatória de bolsas e armários (Fonte: TST)
terça-feira, 25 de novembro de 2014
Proposta de aditivo aos contratos das distribuidoras é aprovada (Fonte: ANEEL)
Renova e SunEdison se unem para investir em energia solar no Brasil (Fonte: Jornal da Energia)
Voltalia e WWF assinam parceria global (Fonte: Jornal da Energia)
Parecer sobre PEC de direitos do servidor comissionado pode ser votado nesta tarde (Fonte: Câmara dos Deputados)
Supermercado é condenado por descumprir normas de segurança (Fonte: MPT-BA)
Turma afirma compatibilidade entre contrato por safra e direito a estabilidade por acidente (Fonte: TST)
Boa condição econômica impede concessão de justiça gratuita a empregado da Petrobras (Fonte: TST)
Cipeiro terceirizado tem estabilidade reconhecida mesmo após fim do contrato (Fonte: TST)
Cotas democratizam acesso às universidades e ao mundo do trabalho (Fonte: MPT-DF)
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
SRTE/MG flagra 35 trabalhadores em condições degradantes (Fonte: MTE)
BNDES obtém crédito de US$ 206 milhões para energia (Fonte: Jornal da Energia)
Plenário pode votar aposentadoria integral por invalidez a servidor público (Fonte: Câmara dos Deputados)
Comissão debate contribuição previdenciária para catadores (Fonte: Câmara dos Deputados)
Comissão promove seminário sobre trabalho escravo globalizado (Fonte: Câmara dos Deputados)
Supermercado Assun se compromete a obedecer limite de horas extras (Fonte: MPT-RS)
Grupo Pão de Açúcar poderá pagar R$ 2 mi por fraudes (Fonte: MPT-AL)
TST suspende penhora de restituição do imposto de renda para pagar dívida trabalhista (Fonte: TST)
Turma mantém no Piauí ação de trabalhador que prestou serviços em São Paulo (Fonte: TST)
Banco Safra é condenado por coagir empregados a vender dez dias de férias (Fonte: TST)
sábado, 22 de novembro de 2014
10 milhões por danos morais: Advocacia Garcez representa no TST sindicato em condenação do Frigorífico Seara (JBS) por condições de trabalho precárias e desumanas
Sentença compara departamento médico da Seara, que teve lucro líquido recorde de R$ 1,1 bilhão no terceiro trimestre, aos médicos que colaboraram com a ditadura militar
A 3ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho condenou o Frigorífico Seara Alimentos, do grupo JBS, a pagar R$ 10 milhões por danos morais coletivos. A empresa não tomou as medidas necessárias para proteger a saúde dos trabalhadores que já haviam sido determinadas pelo Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região.
No julgamento realizado nesta quarta-feira (11), o TST decidiu também que a unidade da Seara Alimentos se Forquilha, em Santa Catarina, deverá adequar o local de trabalho às necessidades dos trabalhadores. Entre outras coisas, o TST determinou que os trabalhadores têm direito a pausas de de 20 minutos a cada 1h40 minutos de trabalho em ambientes frios, que a empresa está proibida de exigir horas extras em ambientes frios e de impedir o uso dos banheiros durante o expediente.
E mais: a Seara Alimentos é obrigada a emitir Comunicações de Acidentes de Trabalho em caso de suspeita ou confirmação de doenças ocupacionais, garantir tratamento médico integral a todos os empregados com doenças ocupacionais e aceitar atestados médicos de profissionais não vinculados à empresa. A decisão também reconhece o frio como agente insalubre, em frigoríficos. Em caso de descumprimento das obrigações, a multa será de até R$ 100 mil por infração.
É a vitória de Davi contra Golias, resume o advogado do Sindicato dos Trabalhadores da Industria da Alimentação de Criciúma e Região, filiado à CUT, Gilvan Francisco.
Esse resultado só foi possível, salienta Gilvan, graças a determinação, coragem e comprometimento com os direitos dos trabalhadores dos procuradores Gean Voltolini, Sandro Sardá e do presidente do Sindicato dos Trabalhadores, Célio Elias. Quando o caso chegou ao Ministério Publico do Trabalho, o procurador iniciou uma batalha judicial.
"com o apoio dele foi feita uma ampla investigação e se chegou a irregularidades que causam lesões por esforço repetitivo e culminou com sentenças históricas desde a primeira instancia que condenou a empresa em R$ 14 milhões, no TRT em R$ 25 milhões e no TST em R$ 10 milhões, a maior indenização por danos morais já paga no Brasil", resume Gilvan.
A Seara Alimentos já havia sido condenada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região a indenizar os trabalhadores em R$ 25 milhões. Motivo: segundo os juízes, havia "uma verdadeira legião de trabalhadores afastados, alguns em situação irreversível de incapacidade laboral, não tendo a empresa implementado qualquer medida preventiva a mudar este quadro”.
Maximiliano Nagl Garcez, advogado da Advocacia Garcez, contratada pelo sindicato dos trabalhadores para representá-los no TST, considera ser uma vitória importante para os trabalhadores de todo o Brasil, e não apenas para quem trabalha em frigoríficos: "O TST mandou uma mensagem clara para a JBS, e também para os donos de frigoríficos e para todos os empregadores: não é possível que uma empresa aufira lucros gigantescos, e ao mesmo tempo trate seus trabalhadores de modo tão cruel e insensível". E destaca Maximiliano: "não há problema em que a JBS aufira lucros consideráveis. O que o Brasil não pode mais permitir é que isso seja feito às custas das vidas de milhares de trabalhadores e trabalhadoras submetidos a condições subumanas. O trabalho humano foi feito para dar dignidade, realização e renda, e não para causar doença, mutilação e morte."
A 1ª Turma do TRT, composta pelos Desembargadores do Trabalho Águeda Lavorato, Viviane Colucci e Jorge Volpato foi extremamente contundente na decisão, dizendo, dentre outras coisas, que “a conduta da ré perpetrada por profissionais da área da saúde reporta-me ao período da história recente do País, quando muitos profissionais médicos colaboraram com o regime da ditadura militar”.
Para os desembargadores do TRT, o processo comprovou que a Seara Alimentos precariza o ambiente de trabalho e não adota as normas de proteção à saúde dos trabalhadores única e exclusivamente para aumentar os lucros dos proprietários. Para os desembargadores, essa "vantagem financeira em decorrência de suas condutas, que poderiam até mesmo dar ensejo ao denominado dumping social”.
Dados retirados do site do TST:
A ação teve início quando cerca de 9 trabalhadoras do frigorífico localizado no município de Forquilhinha, no sul do estado, não mais suportando o frio, solicitaram a empresa alguns minutos para se aquecer fora do posto de trabalho. A reivindicação resultou na demissão sumária de todas as empregadas por justa causa. A precariedade das condições de trabalho foi denunciada ao Ministério Público que iniciou, com o apoio do sindicato, investigação sobre os ilícitos apresentados.
No processo há relatos de trabalhadores que para conseguir ficar na sala de cortes tinham que usar até três pares de meias, as mãos adormeciam de tanto frio e eles eram orientados a pegar analgésicos na enfermaria para continuar trabalhando, mesmo com dores pelo corpo. Também foi constatado a adoção de ritmo excessivo de trabalho, ausência de pausas, não aceitação de atestados médicos, não emissão de comunicações de acidentes de trabalho, dentre outras.
A sentença da Juíza do Trabalho Zelaide de Souza Phillipi, da 4ª Vara de Criciúma condenou a empresa a indenização por danos morais coletivos no valor de 16 milhões de reais, valor aumentado pela 1ª Turma do TRT da 12ª Região para 25 milhões de reais.
Segundo o acordão da Relatora do processo no TRT, Desembargadora Águeda Lavorato “essas condutas, conforme a prova dos autos, geraram danos graves e irreparáveis à saúde de inúmeros empregados submetidos a ambiente de trabalho degradado, com o único intuito de obtenção de lucro, situação que o Juízo trabalhista denominou, em duas oportunidades (tutela antecipada e sentença), de uma “legião de trabalhadores doentes e incapacitados”.
O acórdão prossegue afirmando que “configura dano moral coletivo passível de indenização a conduta da empresa que viola normas de saúde e segurança, degradando o meio ambiente de trabalho de centenas, senão milhares de empregados, visto que somente na unidade da ré, na cidade de Forquilhinha, trabalham cerca de 2.500 empregados. Por via de consequência, restou afetada negativamente a esfera ética”
Na decisão final anunciada hoje, o TST fixou a indenizações em 10 milhões de reais, manteve todas as obrigações de fazer e não fazer estabelecidas pelo TRT da 12ª Região, sob pena de multa de R$ 100 mil reais por infração a legislação trabalhista e afastou a multa por embargos declaratórios protelatórios.
A empresa:
A Seara Alimentos foi adquirida em outubro de 2013 pela empresa JBS. Atualmente é líder mundial em processamento de carne bovina, ovina e de aves, além de ter uma forte participação na produção de carne suína. Com mais de 200 mil empregados ao redor do mundo, a companhia possui 340 unidades de produção e atua nas áreas de alimentos, couro, biodiesel, colágeno, embalagens metálicas e produtos de limpeza.
Presente em 100% dos mercados consumidores, a JBS é a maior exportadora do mundo de proteína animal, vendendo para mais de 150 países.
A empresa teve lucro líquido recorde de R$ 1,1 bilhão no terceiro trimestre, valor cinco vezes maior que o registrado no terceiro trimestre de 2013.