quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

CEB pede ajuda do governo para melhorar segurança do sistema em Brasília (Fonte: Jornal da Energia)

"O presidente da Companhia Energética de Brasília (CEB), Ruben Fonseca Filho, afirmou nesta quinta-feira (12/12) que a determinação do Ministério de Minas e Energia (MME) publicada no Diário Oficial da União (DOU) em agosto, referente à implantação do critério de segurança energética N-2 na capital, só poderá acontecer em 2016. Isso porque, de acordo com Fonseca Filho, mesmo com os esforços da empresa em melhorar o sistema do Distrito Federal, o projeto demanda mais investimentos do que a Ceb pode realizar.
“A CEB está fazendo um esforço para mantermos a segurança N-1, porque nós pegamos um sistema todo envelhecido, com baixíssimos investimentos. Para assumirmos o N-2, teria que haver recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do governo. E nós estamos avançados nisso. Nós estamos imaginando que em 2016, 2017 nós estaremos prontos. Para Brasília ter uma segurança de entrada de energia, precisam ser construídas linhas, subestações, o que não é tão simples”, explicou o presidente da CEB em entrevista durante a inauguração da subestação que alimentará o Estádio Nacional, sede dos jogos da Copa do Mundo de 2014.
O presidente destacou ainda que concorda com o MME na necessidade da capital federal atuar com o critério N-2, e ressaltou que por ser uma demanda da presidente Dilma Roussef, afirmou que se trata de uma questão de envolvimento nacional. “Não adianta entender que a CEB tem a capacidade de dar essa segurança N-2 sozinha, tem que ter uma articulação do Governo, do MME, para chegar a essa finalidade”, disse Ruben Fonseca. De acordo com a Portaria nº276, o critério é um padrão determinístico de segurança, segundo o qual o sistema elétrico deve ser capaz de suportar a perda de até dois de seus elementos, sem que ocorra restrição de atendimento à carga.
A distribuidora de Brasília inaugurou nessa quinta a penúltima das dez obras coordenadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a Copa do Mundo de 2014, a fim de garantir continuidade e eficiência energética ao Estádio Nacional e à região central de Brasília. O diretor de Engenharia da distribuidora, Mauro Martinelli, ressaltou que o investimento total para as dez obras chegarão a R$ 100 milhões. Só as obras do complexo do Estádio Nacional – que são as ampliações de duas SE, construções de novas linhas de distribuição e a nova SE - , ficarão em R$ 54 milhões.
A CEB afirmou que os equipamentos da nova subestação foram adquiridos na Coréia do Sul e, por serem compactos, ocupam apenas 50m², o equivalente à metade do espaço utilizado por uma subestação convencional. O evento contou com a participação ainda do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz. O Governo do Distrito Federal fez um aporte de R$ 212 milhões na distribuidora."

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