"A modicidade tarifária adotada desde 2003 pelo governo federal tem sido um grande desafio para todas as empresas do setor elétrico. Mas o obstáculo é ainda maior para as estatais, especialmente na área de distribuição, segmento do qual as companhias controladas pela União ou pelos Estados podem ser forçadas a sair no futuro, prevê o analista do banco BTG Pactual, Antônio Junqueira, em um relatório sobre as perspectivas para o setor ao qual o Valor teve acesso.
Existem empresas privadas mal administradas, como o Grupo Rede, e estatais bem geridas, como a Copel e a Cemig. Mas, de forma geral, as distribuidoras controladas pela Eletrobras (União) ou pelos Estados apresentam os piores indicadores, que são levados em conta nas revisões tarifárias feitas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a cada quatro anos. Menos ágeis que as empresas privadas, as estatais terão mais dificuldades para reduzir custos e podem não sobreviver a uma quarta ou quinta rodada de cortes tarifários. O terceiro ciclo de revisões será concluído neste ano.
Já se espera no setor que a Eletrobras coloque à venda suas distribuidoras de energia em algum momento. Mas, mesmo estatais eficientes, como a Cemig e Copel, por exemplo, podem ter de deixar esse segmento, devido às baixas margens de lucro..."
Íntegra: Valor Econômico
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