“Não há dúvidas que ganhamos muito com a implantação do sistema de processo eletrônico. E eu me refiro a um benefício amplo para magistrados, servidores, advogados e para a população em geral”. A avaliação é do diretor Judiciário do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), Regaldo Amaral Milbradt. Ele foi um dos participantes da mesa-redonda “Novos paradigmas da cultura digital: o que muda na gestão e na organização do trabalho das unidades judiciárias?” que aconteceu esta tarde (11/3) no plenário do tribunal.
Regaldo relatou a experiência inovadora da 4ª Região nessa área, que desde 2003 adota o sistema de processo judicial eletrônico e-Proc. “Em 2010, o e-Proc passou a ser utilizado de forma obrigatória em todas as instâncias do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, facilitando a comunicação e aumentando a integração na Justiça Federal da Região”, salientou.
Presidida pelo diretor do foro da Seção Judiciária do Rio Grande do Sul, juiz federal Eduardo Tonetto Picarelli, a mesa reuniu também outros três representantes de tribunais brasileiros para avaliar o impacto que a virtualização dos processos causou no Poder Judiciário.
“A substituição do processo físico pelo eletrônico gerou uma série de alterações em estruturas de trabalho que há muito tempo permaneciam as mesmas. Os trâmites foram agilizados, gerando uma grande economia de recursos”, declarou o diretor da secretaria da 1ª Vara e Juizado Especial Federal Criminal de Jaraguá do Sul (SC), Rodrigo Costa Medeiros. “Outro aspecto importante foi a mudança de perfil do servidor da Justiça, que precisou utilizar a crescente e necessária informatização em suas rotinas de trabalho”, ele acrescentou.
O diretor da secretaria da 6ª Vara do Trabalho do Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba, Abílio de Sá Neto, salientou que a digitalização trouxe uma nova realidade aos órgãos da Justiça, pois “as novas tecnologias aumentaram a expectativa do cidadão em relação ao nosso serviço”. Ele explica que “a população espera e cobra uma eficiência maior e uma resposta mais rápida para os seus processos. É preciso ter consciência dessa responsabilidade”.
Já Telma Motta, diretora Judiciária do TRF da 5ª Região, elogiou o pioneirismo da Região Sul em tornar obrigatório o sistema de processo eletrônico. Ela lembrou que adotar um novo modelo é sempre um desafio. “Na 5ª Região Federal isso ainda não ocorreu de maneira completa. Mas, gradualmente, por meio da implementação do Processo Judicial Eletrônico (PJe), estamos mudando esse cenário”, finalizou.
O Seminário Atualidade e Futuro da Administração da Justiça, promovido pelo TRF4 e pelo Instituto Brasileiro de Administração do Sistema Judiciário (IBRAJUS), continua amanhã (12/3) na sede do tribunal. Clique aqui para acessar a programação completa do evento."
Fonte: TRF 4ª Região
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