"O excesso de vazamentos, desvios ilegais e problemas de medição de consumo de água no País reduzem em média 37,5% do faturamento das operadoras, aponta estudo divulgado ontem pelo Instituto Trata Brasil. As falhas na distribuição de água, ocasionadas pela falta de investimentos em infraestrutura, são especialmente graves nas Regiões Norte e Nordeste, onde quase 60% do sistema de abastecimento precisa ser ampliado.
A pesquisa "Perdas de Água: Entraves ao Avanço do Saneamento Básico e Riscos de Agravamento à Escassez Hídrica no Brasil" utilizou dados de 2010 para analisar as perdas de faturamento das empresas distribuidoras, estatais ou privadas. "Não se pode dizer que é somente perda de água, pois muitas vezes chega ao consumidor de forma não autorizada", explica o presidente do Instituto Trata Brasil, Edison Carlos. "Mas a maior parte é mesmo perda real de água, causada pelos vazamentos. Não se pode exigir busca de novos mananciais, «por exemplo, se a rede (de distribuição) é uma peneira."
Além do desperdício causado pelos vazamentos, a falta de uma infraestrutura moderna prejudica a medição correta do consumo e facilita a existência de ligações clandestinas. A situação mais crítica é a do Amapá, em que o índice de perdas de faturamento é de quase 75% - no outro extremo, o Mato Grosso do Sul, com melhor desempenho, apresenta índice de pouco menos de 20%. São Paulo aparece no grupo intermediário, com 32,55%..."
Íntegra em O Estado de S. Paulo
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